sábado, 27 de junho de 2020

30 Minutos de Tambor para Meditação


Reencarnação existe?

A pergunta é:
Você acredita em reencarnação? Porquê e porque não?

No momento eu não sou nem crente nem descrente da reencarnação. A crença condiciona nossa mente. A não crença também condiciona nossa mente. Acreditar ou não acreditar não é muito útil. Pessoalmente, não tenho certeza da reencarnação individual, mas tenho certeza da reencarnação dos sistemas de crenças. Para mim não é mais uma crença, mas sim um fato. Reencarnação no sentido mais profundo significa a continuidade do passado no presente e presente no futuro.
No momento em que criamos um sistema de crenças ou religiões, ele recebe uma existência independente. É uma entidade invisível. Procure sua continuidade através dos indivíduos. Os indivíduos vão e vêm, mas os sistemas de crenças continuam.
Se alguém disser que eu sou hindu, é a reencarnação do hinduísmo. Significa que o hinduísmo vive em e através dessa pessoa.
Se alguém disser que eu sou cristão. É a reencarnação do cristianismo. Significa que o cristianismo vive em e através dessa pessoa.
O mesmo se pode dizer de outras religiões. As pessoas vão e vêm, mas as religiões continuam.
Hoje em dia há entre 6 e 7 bilhões de pessoas no mundo. O cristianismo leva 2 bilhões. O Islã toma 1.6 bilhões. Hinduísmo leva bilhões. Budismo pode levar 600 milhões. Isso significa que quatro religiões vivem em 5 bilhões de pessoas. Apesar de existirem 5 bilhões de indivíduos, só vivem 4 sistemas de crenças. Esta é a reencarnação dos sistemas de crenças. Nisso as pessoas dirão: o passado, a religião, é o caminho, a verdade e a vida. Nisto, o passado entra no presente e vai para o futuro. O presente é usado como veículo para o passado. Não é livre Não tem vida própria. Quase um escravo do passado.
Se uma pessoa for além do passado e do futuro, uma pessoa dirá: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Este estilo de vida é chamado de encarnação. Está livre do passado e do futuro e manifesta a eternidade no presente. O presente se torna livre, original e criativo. O presente é para o bem do presente.
Reencarnação: continuidade do passado para o presente e depois para o futuro.
Encarnação: a eternidade manifesta-se no presente. Liberdade do passado e do futuro.
É a vontade de Deus que cada ser humano viva a vida da encarnação. Todo ser humano vive uma vida original e criativa. Todo ser humano diz: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Jesus Cristo viveu a vida de encarnação. Ele disse: Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Convidou todos para a encarnação da vida, que chamou de reino de Deus. Arrependimento é meio e processo. O arrependimento é libertar-se do passado e do futuro e viver a vida da encarnação.
É libertar-se do tempo, transformando o tempo como o veículo da eternidade.

Brother Martin

Obs: Reencarnação é um fato natural, mas é ilusorio porque na essencia somos atemporais. Ela pode existir, no sentido de ciclos e lapidação da alma, mas o Ser e a nossa essência é sempre no presente.

fonte: mural mmdm

quinta-feira, 25 de junho de 2020

Oração da Gratidão


Que a verdade se manifeste em mim.
Sou grato pela vida;
Sou grato pelo ar que entra nos meus pulmões 
   e que me traz a vida;
Sou grato pelo sol que me aquece;
Manifesto uma profunda gratidão pela água 
   que chega até a minha casa;
Sou grato por cada dia 
   que me traz uma nova oportunidade de ser feliz;
Expresso a gratidão 
   por cada pessoa que passa na minha vida, 
   por pouco ou muito tempo;
Agradeço por todas as coisas boas e menos boas 
   que acontecem no meu dia;
Expresso uma profunda gratidão 
   por todas as coisas que tenho;
Sou grato por ter conhecido 
   as pessoas que amo;
Sou grato por ter conhecido as pessoas 
   com quem tive algum desentendimento, 
   pois elas acabaram sendo professores 
   da minha vida espiritual e emocional;
Sou grato pela noite 
   que me permite descansar 
   e recarregar as minhas energias;
Sou grato pela minha cama 
   que me proporciona uma boa noite de sono;
Sou grato pelo meu trabalho 
   e pelo dinheiro que dele recebo;
Sou grato por todas as coisas simples que tenho 
   e sem as quais a minha vida seria muito difícil;
Que a gratidão preencha o meu ser;
Que essa energia se manifeste na minha mente 
   e no meu coração.

Sou grato
Sou grato
Sou grato

Na tua oração completa com aquilo que sentes 
   que é necessário para ti.
Diz esta oração sempre no início de cada dia 
   para abasteceres a tua alma e coração 
   com a energia da Gratidão.

fonte: PENSADOR

Não se esgota


terça-feira, 23 de junho de 2020

Árvore torcida


Tronco rugoso e torcido Vergado no vento da vida áspero és ao toque macio na tua seiva árvore forte e frondosa tronco que desafias o vento que aguentas com a geada de inverno com o sol escaldante do verão. Nem a maresia te seca muito menos a chuva te apodrece. Árvore mais bela não há que aquela torcida em espiral pedindo forças aos céus entregando-lhe os galhos em pedidos e gemidos. Que o vento não te quebre e que o solo não te falte que o relâmpago não te queime nem o mato te engula Quero ser tronco nu na floresta da vida Enfrentar a tempestade gritar-lhe cara na cara encostar-me testa com testa e mostrar-lhe a minha gana de manter-me de pé fustigada pela dor deste chão não arredo pé! São os meus nós minha história meus ramos meu louvor meu tronco minha raiva minhas raízes teimosia. Bato pé, grito e desafio nuvens por mais que desçam não me cobrem por mais que chovam Não me afogam! Ruth Collaço (Ventus Sapientes) Direito de autor reservados

fonte: Wise Winds-Ventus Sapientes

segunda-feira, 22 de junho de 2020

Uma diferente versão de ti...

💖💚💙
Uma diferente versão de ti
existe nas mentes
de todos aqueles
que te conhecem

💖💚💙
fonte: mural AA

domingo, 21 de junho de 2020

Prece do Yoguin



“Entrego, confio, aceito e agradeço”

Esta frase simples e profunda é do Prof. Hermógenes, um grande mestre do yoga e autor de vários livros. Veja abaixo a Prece do Yoguin, extraído do seu livro Yoga, Caminho para Deus:

Senhor, 
Estou Aqui, 
para adorar-Te em todas as imagens; 
nos santos de todas as religiões; 
em catedrais, sinagogas, capelas, 
mosteiros, mesquitas, terreiros; 
em ladainhas, terços, mantras, pujas, 
missas, rituais e ofícios; 
em todos os altares; 
nas florestas, nas praias, nas ruas, 
nas casas, nas estradas, nos corações, 
em sorrisos e lágrimas, em todos, em tudo…

Vem ajudar-me, dando pureza, infinito, 
eternidade e universalidade a meu amor.

Eis-me aqui Senhor Jesus, 
Senhor, Buda, Maitreya, Senhor Krishna, 
Sai Baba, Maria de Nazaré, Ramakrishna, 
Babá-U-Lláh, Inayt Khan, Sankara, 
Ramanuja, Ramana, Santa Teresa…

Eis-me aqui todos os Avataras, 
Rishis, Siddhas, Gurus, Mahatmas, 
Hierarcas, Santos conhecidos e desconhecidos.

Quero aprender o Amor que liberta.

Aqui estou, Senhor Supremo, 
para que me ajudes a vencer a frustradora ignorância; 
a afastar ilusões, enganos e encantos; 
a afastar-me dos opostos obsedantes, 
a retirar a venda de meus olhos…

Já não me satisfaz o vulgar conhecer intelectual.

Quero agora vivenciar a Verdade que liberta.

Eis-me aqui, Senhor, 
como instrumento impessoal. 
Querendo apenas servir. 
Lança mão de mim em teu divino agir.

Quero aprender a empreender o Agir que liberta.

Faz de minha mente, meu Deus, o teu sacrário.

Que Tua Paz a domine. Que Tua Luz a ilumine.

Diviniza, Senhor, minha mente.

Eis-me Senhor.

Tu és eu. Eu sou Tu.

fonte: Luz da Serra

Prof. Hermógenes ( 1921 - 2015 )


Salve Regina


fonte: mural Papa Francisco - Amigos e Amigas

Postal do dia

Pedro Lima ( 1971 - 2020 )
POSTAL DO DIA
Pedro Lima
1.
No dia em que saí do Rádio Clube recebi muitas mensagens, telefonemas e abraços.
“Luís, estou contigo”
“Luís, estamos juntos”
“Luís, para a semana telefono e vamos jantar”
“Luís, não te desampararei”
Luís, isto, aquilo e aqueloutro.
No dia seguinte a mesma coisa.
Na semana seguinte, quase nada.
Um mês depois recebi um telefonema.
Era um homem que eu não conhecia bem. Tínhamo-nos encontrado um par de vezes com amigos comuns, mais nada.
“Olá, Luís… é o Pedro Lima, lembras-te?”
O Pedro queria apenas dizer que estava ali, que gostava da minha escrita, das minhas ideias e que sabia bem o que era estar apenas por sua conta.
2.
No dia em que lancei “Mãe, promete-me que lês”, ele estava lá.
O nosso olhar encontrou-se, senti-o comovido, quase tanto como eu. Era o meu livro, mas era também o seu… um livro de vida e desamparo, um livro que (soube-o depois) representava uma viagem à sua própria experiência e a uma infância e juventude sem a presença da sua mãe.
3.
Pedro Lima morreu hoje.
Não interessa dizer muito mais.
Foi uma das mais generosas pessoas que conheci.
Era também uma das pessoas que mais enganava…
o seu sorriso iluminava o mundo, mas não conseguia acender um caminho de salvação para os seus fantasmas.
A sua presença encantava, mas os seus olhos escapavam-se algumas vezes para um lugar que apenas a ele estava reservado.
4.
Era ator.
Pai de cinco filhos.
Tinha a mesma idade que eu.
Queria muito encontrar um lugar de apaziguamento e houve momentos em que isso quase lhe pareceu ser possível.
“Luís, as coisas estão a correr tão bem! Corre tudo como num sonho. É aproveitar enquanto dura”, escreveu-me numa mensagem em meados de 2016.
5.
Partiu hoje e era muitas outras coisas.
Surfista.
Modelo.
Leitor.
Nadador olímpico.
Curioso do mundo.
E sempre a iluminar-nos no seu sorriso.
Obrigado, Pedro…
E prometo-te uma coisa: daqui a um mês telefono-te… livra-te de não me atenderes.
Luís Osório (1971), jornalista e escritor
outros posts relacionados com Pedro Lima:
   mural Sou Português
   mensagens Rodrigo Herédia
   mensagem de Paulo Dentinho

da lua cheia à lua nova

lua cheia

mano...
jantar
acordar & despertar
eclipse solar

sexta-feira, 19 de junho de 2020

Porque


Porque

Porque os outros se mascaram mas tu não
Porque os outros usam a virtude
Para comprar o que não tem perdão
Porque os outros têm medo mas tu não

Porque os outros são os túmulos caiados
Onde germina calada a podridão.
Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem
E os seus gestos dão sempre dividendo.
Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos
E tu vais de mãos dadas com os perigos.
Porque os outros calculam mas tu não.

Sophia de Mello Breyner Andresen

fonte: mail FR (Antena1)

As dez lições da pandemia por Marcelo


1. A coisa mais importante da vida é a vida e a saúde.
O divertimento e o desporto nada significam sem a saúde.
E devemos agradecer ao nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS).
Aos médicos, aos enfermeiros, aos auxiliares...
Todos foram e são excecionais.
2. Em muitos momentos cada um foi para seu lado.
É bom que quando chegarem as vacinas cheguem para todos
porque não há cidadãos de primeiro e de segunda.
3. A Europa andou distraída no início.
Percebeu tarde, mas percebeu. Foi menos egoísta.
4. Epidemia pega-se com muita facilidade.
Ficamos em casa semanas ou meses
porque houve quem fosse trabalhar.
Os médicos, os homens de lixo, os polícias, os seguranças...
5. O vírus ataca toda a gente,
mas sobretudo os mais idosos como eu que tenho 71 anos,
os mais doentes do coração e dos pulmões.
E a vossa obrigação é pensar que não são eternos.
Usar a máscara quando necessária,
a distância social quando imposta e a limpeza.
6. O vírus ataca todos,
mas sobretudo os mais pobres, os sem tetos,
os que vivem em camaratas ou em casas sem condições.
Um em cada cinco pessoas que vivem em Portugal
estão abaixo do limiar da pobreza.
7. Milhares de emigrantes que quiseram vir a Portugal
nas férias da Páscoa e nós tivemos de lhes pedir
para não virem para não haver o risco de contágio
e eles sacrificaram-se.
E agora pedimos aos milhares que se preparam
para vir de férias de verão
que tenham cuidado com os avós.
8. Vocês passaram largas semanas em casa fechados,
com os irmãos, pais e avós
e estiveram distante de outros familiares e amigos.
Foi mesmo uma irritação, uma guerra.
Nunca nos últimos anos estiveram tanto tempo juntos
como agora.
Isso é uma sensação única,
mesmo nos momentos em que não corre bem e se irritam...
isso é inesquecível.
É o melhor que temos na vida.
9. Eu já vivi algumas epidemias, mas nada comparado com isto.
Olhemos para a China, onde já se fala na segunda vaga.
Nunca se estudou tanto pela Internet,
nunca se trabalhou tanto de casa com o computador,
nunca se falou tanto com colegas, amigos,
parentes através da Internet
como nos últimos meses.
Eu descobri o valor das pequenas coisas.
Não poder viajar, sair de casa,
jogar à bola, pequenos gestos,
um encontro ou conversa com um amigo ganha importância.
Eu passeei quilómetros no Palácio de Belém.
O que parece pequeno torna-se enorme.
Por vezes chamamos a isso saudade,
mas se não for saudade é vontade de encontrar.
Agora pensem em quem não sai de casa.
Ponham-se na posição deles.
Imaginem o que é estar preso em casa.
Vocês estiveram
e agora deem valor a quem está preso em casa.
Devem encontram-se com bom senso.
Outro dia fui a um concerto
e de repente entra no palco a banda que ia tocar
e os dois artistas que iam cantar e houve um aplauso louco.
Era um aplauso de até que enfim.
Eu como sabem nado duas ou três vezes por semana.
E durante o período que não se podia nadar
eu passeava à noite,
um passeio higiénico à noite
e evitava olhar para praia,
não sabia quanto tempo tinha de ficar sem nadar.
Quando pude dei um passeio no paredão da praia
e no primeiro dia que pude nadar
soube-me como se tivesse cinco ou seis anos
que foi quando comecei a mergulhar.
Aos 13-14 anos pensava que ia viver eternamente.
O esforço teve de ser de todos.
E agora o que me apetece é abraçar e beijar as pessoas.
Eu tenho fama de beijoqueiro. É verdade sou beijoqueiro.
Os pais educaram-me assim.
O meu filho que vive em São Paulo,
epicentro da pandemia no Brasil e no Mundo,
neste momento, veio visitar-me e esteve cá 15 dias
e mantivemos o distanciamento social,
mas no momento de se despedir,
o meu filho não resistiu e abraçou-me e beijou-me.
Ainda bem que não havia câmaras a filmar.
10. Para vocês para quem o ano não correu assim tão bem,
não fiquem desanimados que não é o fim do mundo.
A grande aula da vossa vida foi viver o que viveram.

quarta-feira, 17 de junho de 2020

Fui mordido

Não me recordo de ter medo de cães. Sempre “julguei” que se não mostrasse medo não haveria nada a recear e, até hoje, este pensamento pareceu suficiente. No entanto, esta manhã, fui mordido pelo cão dum vizinho quando ia a sair do prédio onde vivo. Estava a fazer-lhe o favor de não deixar a porta do prédio fechar, para ele poder levar os cães a passear. O vizinho levava dois cães pela trela mas, um terceiro cão, saiu lançado de dentro de casa, como se fosse o dono do mundo e, num ápice, acabou por me ferrar na perna com que segurava a porta do prédio. Surpreendido, exclamei: 
- ele mordeu-me...!? 
Não satisfeito, ainda acrescentei: 
- ele tem algum problema?
O pobre do vizinho não sabia o que fazer...
- espere um pouco - disse ele, como quem quer de certa forma pedir tempo para me apoiar... 
- Deixe estar - respondi prontamente - Não foi nada!
- Enquanto me dirigia para o carro, ainda o ouvi a ralhar com o cão dentro de casa e imagino que lhe tenha dado umas palmadas mas a maior lição foi para mim; tanto no que respeita aos animais como com aqueles a quem chamamos humanos:
Ter confiança é positivo 
mas cuidado com as pernas...

Mano
Oeiras, 17 de Junho de 2020

A minha leitura para hoje...


desabafo


Sempre procurei ver o lado positivo 
mesmo no maior problema;
ver o copo meio cheio 
e não meio vazio,
sorrir mesmo quando a alma dói.
Mas hoje preciso desabafar,
pois tenho o peito cheio de mágoa.

Estou cansado da hipocrisia deste mundo.
Estou saturado da sua crueldade, 
da sua indiferença.
Estou farto de bajulação 
e de selfies,
de competição e conflito,
de stress e pressão,
do falhado e do campeão.

Estou cansado...

Não quero deixar de acreditar 
que é possível fazer melhor;
que um dia tudo mudará.

Despertar!
Despertar deste sonho insano, 
desta loucura global,
desta selva irracional, 
deste pesadelo.

Mas sei que em mim está a solução.
Apenas eu me posso trabalhar.
Sou eu que preciso acordar.

A cada instante alimento este inferno,
por continuar a julgar, 
por ainda não perdoar,
por ainda não acolher,
por ainda 
não Amar.

Julgo o mundo 
exactamente por aquilo
que ainda não consegui
deixar de fazer.

Mano
Oeiras, 17 de Junho de 2020