quarta-feira, 13 de novembro de 2024

segunda-feira, 11 de novembro de 2024

Por quem perdeu um filho

 

3 pilares

 


Um avô disse ao neto:


“Filho, há três coisas que você deve buscar na vida: a melhor companhia, a maior riqueza e o maior conhecimento.”


O neto, curioso, perguntou: “Avô, como posso ter tudo isso se não tenho amigos, dinheiro ou educação?”


O avô sorriu e respondeu: “Se você aprender a valorizar quem te ama, terá sempre a melhor companhia. Se for grato pelo que possui, se sentirá o mais rico dos homens. E se nunca deixar de aprender com cada experiência, conquistará o maior conhecimento.”


fonte: Sobre literatura?




sexta-feira, 8 de novembro de 2024

Você é um ser infinitamente forte

 

O ser humano, sendo filho de Deus, é dotado de capacidade infinita. Além de trazer em seu interior a capacidade infinita, está ligado ao manancial da força infinita (Deus) e, assim sendo, sua capacidade se manifesta na medida em que a exterioriza, num fluxo incessante como a água que jorra da fonte. Não se julgue fraco, caro leitor. O que o torna fraco é justamente a atitude mental de julgar-se fraco. Nenhum elemento exterior é capaz de torná-lo fraco, pois Deus vive dentro de você. Abra as janelas da mente e reconheça a presença de Deus em seu interior. E receba dEle a força infinita. Não fique a buscar ajuda aqui e acolá, pensando que pessoas e coisas do mundo exterior podem dar-lhe força. Proceder assim é desviar-se do caminho reto e enveredar por caminhos longos e tortuosos. Avance pela estrada reta, ou seja, simplesmente manifeste a força de seu Eu verdadeiro! O fraco eu fenomênico não é o seu Eu verdadeiro. 


Seu Eu verdadeiro é extensão do próprio Deus. Portanto, você é um ser infinitamente forte.


~Masaharu Taniguchi 

in "A Verdade da Vida, 

Volume 23, página 37." 🧐 📖📚


fonte: Marcelo Magalhães 

Oração da Humildade (Santo Agostinho)

 

Ó Senhor, que conheces a mim 

mais do que eu mesmo, 

ajuda-me a conhecer-me, 

conhecer-te e te glorificar.


Livra-me das tentações do orgulho, 

que me afastam de ti e dos outros.


Que eu possa reconhecer 

a minha fraqueza e dependência, 

para que a tua força

possa manifestar-se em mim.


Dá-me a serenidade para aceitar 

o que não posso mudar, 

a coragem para mudar o que posso 

e a sabedoria para discernir a diferença.


Que eu possa ser humilde 

em meus pensamentos, 

palavras e ações, 

sabendo que tudo o que tenho vem de ti.


Que a minha busca 

seja sempre pela verdade e pela justiça, 

e que eu possa caminhar 

humildemente contigo.


Amém.

fonte: Caminhos para a Felicidade

💖💚💙




quinta-feira, 7 de novembro de 2024

Aqui não há velhos

 

via Fernando Ventura

Aqui não há velhos

Só, nos chegou a tarde:

Uma tarde carregada de experiência,

experiência para dar conselhos.

Aqui não há velhos,

só nos chegou a tarde.

Velho é o mar que se agiganta.

Velho é o sol que nos aquece.

Velha é a lua que nos ilumina.

Velha é a terra que nos dá vida.

Velho é o amor que nos alenta.

Aqui não há velhos

Só nos chegou a tarde.

Somos seres cheios de saber

graduados na escola

da vida e do tempo,

que nos deu a pós-graduação.

Subimos à árvore da vida.

Colhemos dos seus frutos o melhor.

São esses frutos os nossos filhos

que cuidamos com paciência.

Paciência que se converte em amor.

Foram crianças, são adultos, serão velhos.

Chegará a manhã e chegará a tarde.

E eles também darão conselhos.

Aqui não há velhos

Só nos chegou a tarde.

Jovem: se no teu caminhar encontras

pessoas de andar pausado,

de olhares serenos e carinhosos,

com a pele enrugada e as mãos que tremem,

não os ignores, ajuda-os.

Protege-os, ampara-os.

Oferece-lhes a tua mão amiga,

o teu carinho.

Não esqueças que um dia,

também a ti, chegará a tarde...

~Mario Benedetti




500 anos do nascimento de Luís de Camões

 

segunda-feira, 4 de novembro de 2024

- Ó mãe, mãe... (Eugénio de Andrade)

 

Certa manhã acordei sozinho em casa. Acordei a chorar. 

- Ó mãe, mãe... 

Mas a mãe não vinha. Não havia mãe. Havia só porta fechada, 

- Ó mãe, mãe... 

E a casa deserta. Pelas frinchas largas da porta via a manhã lá fora. 

Era uma manhã de sol quente talvez de Julho, talvez de Agosto. 

Devia haver medas de palha na eira em frente. 

Mas os meus olhos mal viam, estavam rasos de água e de angústia.

 - Ó mãe, mãe...

E de repente, na manhã clara, começaram a cair estrelas pequeninas, 

estrelas verdes, vermelhas, estrelas de oiro. 

As lágrimas caíam-me pela cara. 

- Ó mãe, mãe...

O nariz esmagado contra a porta, os olhos muito abertos, 

vendo através das frinchas as estrelas caindo, umas atrás das outras.

- Ó mãe, mãe...

E ninguém me abriu a porta para apanhar as estrelas. 

Nem mesmo tu, mãe, que a essas horas andavas a ganhar o pão 

para a boca daquele que hoje te oferece estes versos.


Eugénio de Andrade

In “Os Amantes sem Dinheiro”

via Emília Roque

Namorar depois dos 50

 


Em nossa idade, depois do meio século, o amor já percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas... Já errou, já acertou, já deslizou, já se arrependeu e, inevitavelmente, o tempo se foi.

 

Viveu-se o amor, perdeu-se o amor, alguns pelas mãos de Deus, outros pelo enfraquecimento do viver a dois. Hoje o nosso olhar em direção ao amor continua mais lindo, pois na longa caminhada dos sentimentos, aprendemos a somar, a dividir e a multiplicar, sem chances de diminuir no conhecimento do sentimento do amor.


O amor maduro chega de mansinho e se aloja em nossa vida, sem tempo para acabar. O caminhar a dois é mais sereno, a cumplicidade existe, o carinho é mais espontâneo, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos, de um tempo que não volta mais.


Namorar na nossa idade é carregar a ternura no olhar. O brilho é mais intenso, a vontade de acertar é mais forte. A construção do caminhar a dois é a soma do querer, é o encontro de duas almas aplaudidas por dois corações que dividem a emoção de amar. As pequeninas atitudes, os gestos e os detalhes são os alimentos que sustentam este amor. Viver a dois é a alegria da companhia, do chamego dengoso, dos beijos ainda calientes, dos insinuantes olhares quando o desejo se manifesta e a promessa no olhar de que em todo amanhecer, será o mais belo bom dia entre dois seres que encontraram o amor. Amar nunca é demais. 


Feliz daquele que tem um enorme coração, capaz de amar, amar, amar e acima de tudo saber ser amado... Faça o dia, a tarde, a noite do seu bem ser memorável!


D. A. 

via Espaço sagrado mãos que curam (DD)





quarta-feira, 30 de outubro de 2024

Atriz ou distraída?

 


Estava eu agora mesmo numa daquelas filas únicas do Continente quando, do meu lado direito, com toda a descontração, vi uma senhora idosa a comer uma deliciosa barra de chocolate. A descontração era total. Enquanto esperava na fila, ninguém a questionou e nem eu próprio o fiz (não queria perder o meu lugar na fila 😬) mas estou convencido que a barra era do corredor bem perto, onde havia muitos chocolates para escolher. Se ela estivesse encostada a um canto, tentando comer o chocolate sem que ninguém a visse, certamente teria sido abordada por alguém… 


Nota importante: Existe sempre a esperança de que o chocolate fosse mesmo da senhora ou que então posteriormente a senhora tenha apresentado o papel de embrulho na caixa, para pagamento.


Manuel Filipe

Oeiras, 30 de outubro de 2024

O culto do medo



Hoje ao sair de casa, cruzei-me com uma criança, mascarada de esqueleto, usando um daqueles fatos pretos de Halloween e acompanhada da sua mãe. A criança vinha com um ar feliz mas não pude deixar de reparar na contradição que parecia existir entre as suas vestes e a alegria do seu olhar. Como que acometido por uma estranha atmosfera de “travessuras” soltei um repentino “Buuuu” na direção da criança que soltou imediatamente um grito, afastando-se da mãe que, tal como eu, soltou logo uma pequena gargalhada. Não pude deixar de pedir desculpa à pequena criança e à sua mãe, apesar da pequenina ter percebido rapidamente que tinha sido apenas uma brincadeira. Mas este episódio fez-me refletir sobre qual será o motivo de tanto nos divertirmos por assustarmos os outros, mais do que por os ajudarmos ou mostrarmos o nosso amor por eles. Porque continua a Humanidade a preferir o culto do medo ao Culto do Amor?


Manuel Filipe Santos

Oeiras, 30 de outubro de 2024.

Sobre a Beleza

segunda-feira, 28 de outubro de 2024

Quando as luzes se apagam

 


Confesso que, musicalmente, Dino D'Santiago diz-me pouco, mas adoro o que escreve e a forma como o faz! ❤️

"-QUANDO AS LUZES SE APAGAM

Querida Whoopi Goldberg, nasci no ventre da escuridão, a cor mais antiga do mundo, a mesma que o céu veste quando todas as luzes se apagam e a humanidade se esquece de si mesma. A cor da noite, da profundidade, daquilo que ninguém quer ver, mas que todos, inevitavelmente, carregam. Cresci sob o peso desse manto invisível, que me foi dado como uma cruz a carregar antes mesmo de aprender a andar. A cor da minha pele era uma sentença antes de eu poder escrever a minha própria história, e o chão que pisava, uma vala aberta onde os sonhos se afundavam lentamente, um por um.

Ainda me lembro do cheiro do esgoto, um odor que não vinha do ar, mas das feridas que o mundo nos inflige. Nasci pobre, não apenas de dinheiro, mas de oportunidades, e vivi rodeado por uma miséria que não se lavava com água e sabão. A minha infância foi um acto de sobrevivência nas entranhas de uma sociedade que me cuspia para fora, como se eu fosse o erro, a falha no seu projeto perfeito. E o meu pai, pedreiro, construtor de muros e casas, não tinha as ferramentas certas para me ensinar a erguer a minha própria fundação espiritual. Talvez porque ele também estava ocupado a levantar as paredes que o protegiam da humilhação de existir.

Vivi, durante muito tempo, como um eco de crenças que nunca ressoaram dentro de mim. Repetia as palavras de outros, não porque as compreendia, mas porque sabia que era o que o mundo esperava de mim. Só Jesus, esse homem da cruz, falava a uma parte de mim que eu não sabia nomear. Mas, quando olhava para o seu rosto nas paredes da igreja, o reflexo não era o meu. A minha pele negra parecia desonrar a imagem do Salvador que me ensinaram a amar. E com isso, cresceu o pecado da comparação, de desejar ser algo que não sou. Aquele Jesus branco não poderia ser meu irmão, pensei. Então, passei a acreditar que o erro era meu, que o fardo do pecado era a minha própria existência.

Cresci a culpar o mundo, a culpar os meus pais por me terem trazido ao mundo antes que eles soubessem como protegê-lo da pobreza e do medo. 

O que eu não sabia é que a cor do breu não é um erro, mas uma canção que o mundo ainda não aprendeu a cantar.

One Love

Dino

fonte: José Manuel Jesus 

(via Manuela Castro Neves)





Todos ganhamos o mesmo

fonte: Pe Paulo Ricardo

 

Como alcançar a Paz