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sábado, 14 de junho de 2025

O que fica (Rui Morgado)

 

Não é o que se tem, é o que se dá.

É o gesto calado, é quem sabe escutar.

É o "obrigado" dito com o peito aberto,

mesmo quando o caminho parece deserto.


Gratidão não se escreve — vibra no ar,

é quando o coração aprende a pousar.

É olhar pra trás com alma lavada,

e saber que até a dor foi jornada.


O carácter?

É o que se faz quando ninguém vê.

É manter a palavra mesmo ao perder.

É cair de frente, é ser inteiro,

não moldar-se ao mundo por um ligeiro.


Humildade é rei sem coroa na mão,

é saber-se pequeno sem negar o chão.

É ter força e não precisar mostrar,

é saber que servir também é reinar.


A sabedoria…

não mora em livros sozinha,

mas em quem errou e guardou a linha.

Em quem prefere a paz ao ter razão,

e caminha leve com o perdão na mão.


O amor — esse é fio de tudo que fica.

Não grita, mas funda. Não prende, edifica.

É o que resta quando o resto se vai,

é o que cura sem saber como, nem por que vai.


E a felicidade?

Não é meta, é maneira.

É estar inteiro, mesmo em noite inteira.

É rir de dentro, chorar sem vergonha,

é ser verdade, mesmo sem medalha ou fama.


No fim de tudo, o que conta é isso:

a luz que deixamos, o bem que se diz,

o nome que ecoa em silêncio profundo…

e um simples "obrigado"

que muda o mundo.

~Rui Morgado

sexta-feira, 13 de junho de 2025

O Amor Não Pode Ser Organizado

 


🗓️ Discurso de Dissolução da Ordem da Estrela


📍 Ommen, Holanda – 3 de agosto de 1929

👤 Krishnamurti tinha 34 anos

👥 Cerca de 3.000 membros da Ordem estavam presentes


🎙️ Resumo Expandido das Ideias Principais


1. "A Verdade é uma terra sem caminhos"


> “A Verdade é uma terra sem caminhos, e você não pode alcançá-la por nenhum caminho, por nenhuma religião, por nenhuma seita.”


Krishnamurti afirma que não existe um caminho fixo ou autoridade externa que leve à verdade.


Religiões organizadas, gurus, tradições, sistemas filosóficos ou esotéricos não são necessários para encontrar a verdade.


A verdade só pode ser descoberta individualmente, em liberdade e autoconhecimento.


2. Rejeição da Autoridade Espiritual


> “Não quero seguidores. Não estou interessado em criar uma organização espiritual.”


Ele renuncia completamente ao papel de “Mestre” ou “Instrutor do Mundo”.


Cria uma ruptura radical com a ideia de líderes espirituais, mestres iluminados ou salvação vinda de fora.


Incentiva cada um a assumir total responsabilidade por sua própria transformação.


3. Liberdade como Essência da Vida Espiritual


> “A única espiritualidade autêntica é aquela que nasce da liberdade total.”


Ele alerta que as organizações tendem a criar dependência, rigidez e ilusão.


Qualquer organização religiosa corre o risco de aprisionar o ser humano, mesmo com boas intenções.


4. Revolução Interior, Não Externa


> “Não me importa se há ou não pessoas que seguem o que digo. Quero fazer uma coisa no mundo: libertar o homem.”


A verdadeira revolução é interna, psicológica, silenciosa e individual.


Não se trata de reformar instituições, mas de olhar diretamente para si mesmo — ver com clareza a mente, os medos, os desejos, os condicionamentos.


5. O Amor Não Pode Ser Organizado


> “O amor não pode ser organizado. O amor é livre como o vento.”


O amor verdadeiro, como a verdade, não pode ser estruturado em doutrinas ou comunidades fechadas.


O encontro com a verdade é como um sopro do espírito, e não algo que possa ser comercializado ou transmitido como conhecimento fixo.


🪶 Resultado


A Ordem foi dissolvida formalmente naquele mesmo dia.


Muitos membros da Sociedade Teosófica ficaram em choque.


Krishnamurti deixou para trás templos, reverências, discípulos — e partiu em uma jornada solitária e livre pelo mundo, onde passou a ensinar por mais de 60 anos.


📌 Frase final que resume seu espírito:


> “Minha única preocupação é tornar o homem absolutamente, incondicionalmente livre.”


fonte: Marcelo Magalhães 




sábado, 3 de maio de 2025

Amanhã é o Dia da Mãe

Homenagem a todos aqueles
que física e espiritualmente 

se esforçaram para acolher com carinho
outras vidas. 

Que amanhã seja um dia de acolhimento!
Bjinhos

(autor desconhecido)

imagem de João Pombo, via WhatsApp (MG/Alpha)


terça-feira, 15 de abril de 2025

Um dos acontecimentos mais importantes

 


O jornalista pergunta ao Chico:


— Poderia nos contar um fato ou uma passagem de sua vida que lhe traz melhores recordações e que mais lhe tocou o coração?


— Peço permissão para contar um caso que, para mim, foi um dos mais expressivos, que mais parece uma história infantil; 

Eu estava em Uberaba, esperando um ônibus para ir ao cartório. Da nossa residência até lá, tem uns três quilômetros. Nós, com o horário marcado, não podíamos perder o ônibus. Mas, quando o ônibus estava quase parando, uma criança, de uns cinco anos, apresentando bastante penúria, grita para mim, de longe. Chamava por tio Chico, mas com muita ansiedade.

O ônibus parou e eu pedi então, ao motorista: Pode tocar o ônibus, porque aquela criança vem correndo em minha direção e estou supondo que este menino esteja em grande necessidade de alguma providência.

O ônibus seguiu. Eu perdi, naturalmente, o horário. A criança chegou ao meu lado, arfando, respirando com muita dificuldade. Eu perguntei: O que aconteceu meu filho?

– Tio Chico, eu queria pedir ao senhor, para me dar um beijo...


- Esse, eu acho, que foi um dos acontecimentos mais importantes de minha vida.


Fonte: Jornal Estado de Minas –entrevistas publicadas em julho de 1980


via Bruno Henrique de Sírius

quinta-feira, 10 de abril de 2025

Ser UM

#8,216,436,861 (worldometer)


Já somos tantos...!

Quantos precisaremos de ser
até conseguirmos perceber
que devemos apenas Ser 
UM?

Nota: 
Quando eu nasci, em 1965, 
a população da Terra 
era de aproximadamente 
apenas 3,3 bilhões de pessoas.

sexta-feira, 4 de abril de 2025

sobre os sacramentos para divorciados

 

No site do Dicastério, a resposta a uma série de perguntas propostas pelo cardeal arcebispo emérito de Praga Dominik Duka: no caso de novas uniões, todos os sacerdotes são chamados a propor um caminho de discernimento que mostre "o rosto materno da Igreja


A exortação apostólica Amoris laetitia, do Papa Francisco, abre a possibilidade de acesso aos sacramentos da Reconciliação e da Eucaristia quando, em um caso particular, "existem limitações que atenuam a responsabilidade e a culpa". Essa é uma das respostas publicadas no site do Dicastério para a Doutrina da Fé, a uma "série de perguntas" sobre "a administração da Eucaristia aos divorciados que vivem em uma nova união". As perguntas foram apresentadas ao Dicastério em 13 de julho passado pelo cardeal Dominik Duka, arcebispo emérito de Praga, em nome da Conferência Episcopal Tcheca.

Deve-se considerar, diz o texto do Dicastério, que esse é um processo de acompanhamento que "não termina necessariamente com os sacramentos, mas pode ser direcionado para outras formas de integração na vida da Igreja: uma maior presença na comunidade, participação em grupos de oração ou de reflexão ou envolvimento em vários serviços eclesiais".

Estamos, portanto, diante do acompanhamento pastoral como um exercício da "via caritatis", que nada mais é do que um convite para seguir o caminho "de Jesus: da misericórdia e da integração". Em 5 de setembro de 2016, os bispos da Região Pastoral de Buenos Aires haviam preparado para seus sacerdotes um texto explicativo da exortação apostólica intitulada Critérios básicos para a aplicação do capítulo VIII da Amoris laetitia, no qual enfatizavam que "não é apropriado falar de 'licenças' para o acesso aos sacramentos, mas de um processo de discernimento acompanhado por um pastor. Trata-se de um discernimento 'pessoal e pastoral' (AL 300)".

Deve-se considerar que, como lembra o Papa Francisco em sua carta ao Delegado da Região Pastoral de Buenos Aires, Amoris laetitia foi o resultado "do trabalho e da oração de toda a Igreja, com a mediação de dois Sínodos e do Papa". Esse documento se baseia no "magistério dos Pontífices anteriores, que já reconheciam a possibilidade de os divorciados em novas uniões terem acesso à Eucaristia", desde que assumam "o compromisso de viver em plena continência, ou seja, de se abster dos atos próprios dos cônjuges", como foi proposto por João Paulo II. Ou que "se comprometam a viver seu relacionamento... como amigos", como proposto por Bento XVI. O Papa Francisco mantém "a proposta de continência plena para os divorciados e recasados em uma nova união, mas admite que pode haver dificuldades em praticá-la e, portanto, permite em certos casos, após um discernimento adequado, a administração do sacramento da Reconciliação mesmo quando não se pode ser fiel à continência proposta pela Igreja".

Por outro lado, o Dicastério enfatiza que a exortação apostólica Amoris laetitia é um "documento do magistério pontifício ordinário, ao qual todos são chamados a oferecer o obséquio da inteligência e da vontade". Ela afirma que os presbíteros têm a tarefa de "acompanhar os interessados no caminho do discernimento de acordo com o ensinamento da Igreja e as orientações do Bispo". Nesse sentido, é possível, aliás, "é desejável que o Ordinário de uma diocese estabeleça certos critérios que, de acordo com o ensinamento da Igreja, possam ajudar os sacerdotes no acompanhamento e discernimento de pessoas divorciadas que vivem em uma nova união". O cardeal Duka, em sua série de perguntas, referiu-se ao texto dos bispos da Região Pastoral de Buenos Aires e perguntou se a resposta do Papa Francisco à pergunta da seção pastoral da mesma arquidiocese de Buenos Aires poderia ser considerada uma afirmação do Magistério ordinário da Igreja. O Dicastério, sem dúvida, afirma que, como indicado no rescrito que acompanha os dois documentos na Acta Apostolicae Sedis, eles são publicados "velut Magisterium authenticum", ou seja, como Magistério autêntico.

Quando questionado pelo cardeal Duka sobre quem deveria ser o avaliador da situação dos casais em questão, o Dicastério enfatiza que se trata de iniciar um itinerário de acompanhamento pastoral para o discernimento de cada pessoa individualmente. Nesse sentido, Amoris laetitia enfatiza que "todos os sacerdotes têm a responsabilidade de acompanhar as pessoas envolvidas no caminho do discernimento". É o sacerdote, diz o documento, que "acolhe a pessoa, ouve-a atentamente e lhe mostra o rosto materno da Igreja, acolhendo sua reta intenção e seu bom propósito de colocar toda a sua vida à luz do Evangelho e de praticar a caridade". Mas é cada pessoa, "individualmente, que é chamada a se colocar diante de Deus e a expor a Ele sua consciência, com suas possibilidades e limitações". Essa consciência, acompanhada por um sacerdote e iluminada pelas orientações da Igreja, "é chamada a se formar para avaliar e fazer um julgamento suficiente para discernir a possibilidade de acesso aos sacramentos".

Ao ser questionado se é apropriado que tais casos sejam tratados pelo Tribunal eclesiástico competente, o Dicastério aponta que, em situações em que uma declaração de nulidade pode ser estabelecida, o recurso ao Tribunal eclesiástico fará parte do processo de discernimento. O problema, observa-se, "surge nas situações mais complexas em que não é possível obter uma declaração de nulidade". Nesses casos, "um processo de discernimento que estimule ou renove um encontro pessoal com Jesus Cristo também nos sacramentos" também pode ser possível. Como esse é um processo de discernimento individual, os divorciados recasados devem se fazer algumas perguntas para verificar suas responsabilidades e se perguntar como se comportaram com "seus filhos quando a união conjugal entrou em crise; se houve tentativas de reconciliação; qual é a situação do parceiro abandonado; quais são as consequências do novo relacionamento para o restante da família e para a comunidade de fiéis".

fonte: Vatican News

domingo, 30 de março de 2025

Mais tempo para Amar

 


Num tempo em que precisamos menos de memorizar, em que tanta ajuda podemos ter para melhor pensar, será que finalmente vamos ter tempo para Amar?

2025.06.14

Com tanta violência no mundo

Não consigo deixar de pensar

Que deveríamos encontrar…

💚❤️💙

Mais tempo para Amar.




sábado, 29 de março de 2025

A Tua Cruz

 


É tão pesada a Cruz,

a Tua Cruz, Senhor,

que não sei como conseguiste erguê-la

nem como conseguiste erguer-Te

depois de, por três vezes,

ela Te ter feito cair.


Como foi possível, Senhor,

depois já de tanto sangue derramado?

Como foi possível, Senhor,

depois já de tantas atrocidades?

Como foi possível, Senhor,

depois da agonia, da flagelação, 

da coroação de espinhos?


Não concebo, mas percebo.

Tu conseguiste arcar com o peso do madeiro,

porque mais pesado que a Cruz 

era o peso do amor,

o peso do Teu infinito amor.


Não concebo, mas percebo:

o Teu amor emagreceu a Cruz,

o Teu amor encolheu a Cruz.


Quem olha para Ti, Senhor,

dá a impressão de que a Tua Cruz era leve.

Nada nem ninguém Te fez recuar.


Deixa-me, Senhor, pegar na Tua Cruz.

Ela está ao meu lado,

à minha beira.


A Tua Cruz continua pesada,

bem pesada,

em tantos lares, hospitais, ruas.


A Tua Cruz, Senhor,

tem hoje o nome de miséria,

injustiça, falsidade,

superficialidade e comodismo.


Deste-nos tanto,

dás-nos tudo.

E nós, tantas vezes,

recuamos e recusamos

dar-Te um tempo, uma hora, um dia.


Acorda-nos, Senhor,

desperta-nos da sonolência em que caímos.

Faz-nos olhar para Ti,

para a Tua Cruz, Senhor!


~Pe João António Pinheiro Teixeira