É da ordem natural da criação que o indivíduo tenha um corpo e mente conscientes, dos quais ele se serve, e que também desenvolva uma natureza afetiva. A consciência assim formada se expressa como um ser separado e age como se tivesse uma vida separada. Esse indivíduo percebe e sente de um ponto de vista separado, e isso não permite que a plenitude da Vida se expresse nele. O corpo físico é deficiente e seus desejos não se realizam. A natureza afetiva é sempre querer o que não pode obter. A natureza do intelecto é se esforçar pelo inatingível. E embora a esperança seja forte, e leve o indivíduo a ter as experiências de que precisa, ele não tem a Fé perfeita, pois há divisão nessa consciência. Há medo e derrota. Todas as experiências lhe mostram que das muitas coisas que deseja como eu, poucas são alcançadas. E as que são obtidas se mostram diferentes do que esperava. Desse modo o eu não tem descanso, não tem Vida plena, mas há experiências que o preparam para ela. Tu, a quem Eu escrevo, alcançou o ponto de desenvolvimento em que o tempo para a morte do eu chegou, ou em quem amadureceram as coisas da vida separada como indivíduo. Assim como o germe da vida está na semente, assim também o Espírito verdadeiro está em cada um. E assim como a semente deve morrer para que o germe da vida possa viver e se desenvolver, também as coisas do eu devem abandonar a existência para que o que existe no teu âmago aflore.
via WhatsApp Jornada da Luz/RuiPedro
fonte:
Jacob Beilhart (1867-1908) |
Nota da divulgação no meu mural: