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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

Nós os putos...

Praceta da Beira, em Oeiras

Nós, os putos da Praceta, plantámos estas árvores há 42 anos, tinha eu 15 anos. Primeiro fizemos um peditório para comprar plantas e flores. Com o dinheiro que tínhamos fomos à Câmara Municipal de Oeiras que também nos cedeu árvores e arbustos para plantar. Uma bola enorme de pedra foi pintada como se de uma “bola de futebol” se tratasse, e ainda lá está, representando a nossa simpatia pelo desporto rei. O terreno era apenas um simples baldio, tal como acontecia em todas as pracetas vizinhas. Aconteceu que o nosso exemplo pegou moda na vizinhança e cada praceta queria ter o jardim mais bonito; deve até ter chegado à Câmara que passou a ter um maior brio nas suas dinâmicas ecológicas. Hoje digo que tenho orgulho nesta iniciativa de “putos” em que participei.
Quanto ao prédio que está colado ao jardim, é possível que nem todos inquilinos partilhem do meu entusiasmo mas, como diz o provérbio, não se pode agradar a Gregos e Troianos…

quinta-feira, 20 de maio de 2021

Escute as Crianças!


e eu acrescento:
Se não tem plano, 
Escute as Crianças!

Filipe ( namo )
Lisboa, 20 de maio de 2021

( e abrace as árvores ) man@
Hoje nasceu namo 💖💚💙




 

terça-feira, 23 de junho de 2020

Árvore torcida


Tronco rugoso e torcido Vergado no vento da vida áspero és ao toque macio na tua seiva árvore forte e frondosa tronco que desafias o vento que aguentas com a geada de inverno com o sol escaldante do verão. Nem a maresia te seca muito menos a chuva te apodrece. Árvore mais bela não há que aquela torcida em espiral pedindo forças aos céus entregando-lhe os galhos em pedidos e gemidos. Que o vento não te quebre e que o solo não te falte que o relâmpago não te queime nem o mato te engula Quero ser tronco nu na floresta da vida Enfrentar a tempestade gritar-lhe cara na cara encostar-me testa com testa e mostrar-lhe a minha gana de manter-me de pé fustigada pela dor deste chão não arredo pé! São os meus nós minha história meus ramos meu louvor meu tronco minha raiva minhas raízes teimosia. Bato pé, grito e desafio nuvens por mais que desçam não me cobrem por mais que chovam Não me afogam! Ruth Collaço (Ventus Sapientes) Direito de autor reservados

fonte: Wise Winds-Ventus Sapientes

segunda-feira, 18 de maio de 2020

sábado, 27 de outubro de 2012

Casal de árvores

Encontro uma árvore que parece uma fisga. Um dos braços na vertical e outro mais caído, pendurado sobre o que parece ter sido um pequeno curso de água. Olho para os seus ramos e apercebo-me que se ligam a outra árvore próxima. Parece que estão abraçadas. Pergunto-me se as suas raízes também se abraçam e se cruzam. É possível que sim. Um pombo aproxima-se de mim e dá uma volta inteira em meu redor. Depois continua a caminhar para longe. É como se me tivesse vindo dizer que sim, que aquelas árvores estavam mesmo ligadas…
Manuel Filipe Santos
Oeiras, 27 de outubro de 2012