Senhor
Esta manhã acordei a perguntar:
“Quem és Tu?”
As respostas podem ser muitas
mas tenho medo que sejam respostas
fabricadas com os nossos preconceitos
os nossos quadros teológicos
as nossas verdades pré-concebidas.
Tenho medo que, muitas vezes,
sejamos como os teus conterrâneos
achemos que já Te conhecemos
que sabemos bem de onde vens
o que pretendes de nós
os caminhos que nos apontas
e matemos assim a capacidade de surpresa
que sempre acontece
quando nos encontramos verdadeiramente contigo.
Senhor, que nunca percamos o dom
de nos surpreendermos contigo
com as tuas propostas
com a tua Palavra de Vida.
Que sempre tenhamos diante de Ti
um coração de criança
um olhar de criança
um sonho de criança.
D. Manuel Santos
Rádio Renascença
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quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015
terça-feira, 9 de abril de 2013
É novo este tempo que vivemos
O mundo como que parou
para ver e ouvir um homem
que parece nada ter de novo para dizer
mas que abre o coração
e nos fala de Ti e do Pai
com a misericórdia em cada respiração.
E ao ser simples torna-se eloquente, claro, um pregador que lembra muito a tua palavra mas sobretudo o olhar que é semelhante ao Teu.
Sobre os homens e mulheres
sobre pecadores e santos, crentes e descrentes.
Agradecemos ao teu Espirito por ter lembrado aos cento e quinze anciãos da Tua Igreja que este era o homem certo para suceder a Pedro neste nosso século.
A sua eleição foi mais que uma soma numérica.
Foi uma misericordiosa surpresa do Teu Espirito.
O nosso obrigado.
P.Rego
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fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
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segunda-feira, 8 de abril de 2013
Dá-me a tua mão
«Jesus disse a Tomé: “Põe o teu dedo aqui e vê as
minhas mãos!”» (Jo 20,27)
Nos momentos de dificuldade, quando o peso supera as nossas forças, recorremos frequentemente a um amigo ou amiga dizendo-lhe «dá-me uma mão». Jesus ressuscitado, que conhece o momento difícil que os seus amigos estão a viver, antecipa-se oferecendo-lhe as suas mãos e com elas os sinais do sofrimento… e diz-lhe «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. E eles veem, então as mãos do seu Jesus, mas também as mãos do Deus vivo, sinal da paz e da certeza da ressurreição.
Nesta manhã, ainda sob as alegrias da fé Pascal, reconheço a diferença entre a nossa experiência de Jesus Ressuscitado e a dos primeiros discípulos e discípulas. Eles tiveram a alegria de vê-lo e de tocá-lo… Hoje, cada um de nós dispõe apenas da experiência de ver e tocar Jesus através do testemunho da sua Palavra e no mistério da Eucaristia. Porém, é ali que hoje, cada um de nós, como outrora os primeiros discípulos, é chamado à maturidade da Fé e prolongar no tempo a beleza e a profundidade da afirmação: «Meu Senhor e meu Deus.» (Jo 20,27)
Bom dia, Ir. Luísa Almendra
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fonte: Rádio Renascença (Oração da Manhã)
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Nos momentos de dificuldade, quando o peso supera as nossas forças, recorremos frequentemente a um amigo ou amiga dizendo-lhe «dá-me uma mão». Jesus ressuscitado, que conhece o momento difícil que os seus amigos estão a viver, antecipa-se oferecendo-lhe as suas mãos e com elas os sinais do sofrimento… e diz-lhe «Põe aqui o teu dedo e vê as minhas mãos. E eles veem, então as mãos do seu Jesus, mas também as mãos do Deus vivo, sinal da paz e da certeza da ressurreição.
Nesta manhã, ainda sob as alegrias da fé Pascal, reconheço a diferença entre a nossa experiência de Jesus Ressuscitado e a dos primeiros discípulos e discípulas. Eles tiveram a alegria de vê-lo e de tocá-lo… Hoje, cada um de nós dispõe apenas da experiência de ver e tocar Jesus através do testemunho da sua Palavra e no mistério da Eucaristia. Porém, é ali que hoje, cada um de nós, como outrora os primeiros discípulos, é chamado à maturidade da Fé e prolongar no tempo a beleza e a profundidade da afirmação: «Meu Senhor e meu Deus.» (Jo 20,27)
Bom dia, Ir. Luísa Almendra
fonte: Rádio Renascença (Oração da Manhã)
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terça-feira, 5 de março de 2013
Vens connosco
Olhei a cara daqueles peregrinos
na praça de S. Pedro
quando Pedro se retirou.Pareciam ovelhas sem pastor, perdidas,
como os teus discípulos no dia da Ascensão.
Olhavam as janelas donde
a dias e horas certos
brotavam palavras doces e firmes
da sede do que puseste à frente do rebanho.
Vacante está a sede
Mas no barco do tempo vens connosco
mesmo entre ventos e tempestades.
É que nesse vento vem o teu Espírito.
Vem hoje Espírito, e ajuda-nos a ouvir-te
no intervalo de tantos silêncios.
Pe. António Rego
fonte: Rádio Renascença
sexta-feira, 30 de novembro de 2012
Não me largues nunca, Senhor
«Deus valoriza,
aperfeiçoa e eleva quanto de verdadeiro,
de bom e de belo existe no homem»
SS Bento XVI
«A Fé leva à descoberta de que o encontro com Deus valoriza,
aperfeiçoa e eleva quanto de verdadeiro, de bom e de belo existe no homem»
Assim nos ensina o Papa Bento XVI, relembrando aquelas verdades sabidas,
mas tantas vezes por mim esquecidas.
Esta certeza alegra-me o coração porque renova a minha consciência
de quanto Deus me ama, de quanto Deus me quer,
usando esta pedagogia positiva de me atrair a Si
a partir do bem que existe no meu coração.
É bom saber-me amado assim,
por um Deus que não desiste nunca de mim.
Este modo de amar, tão próprio de Deus,
é ao mesmo tempo exigente, porque reclama a minha liberdade
e “leva-me mais longe…” no caminho da perfeição.
Quanto mais d’Ele me aproximo,
maior é o desejo de “acertar o passo”,
fazendo minha a Sua vontade.
Eu sei que não é fácil, às vezes é mesmo duro…
mas é possível porque Ele próprio Se torna companhia
de todas as horas, de todas as decisões,
tornando mais humana e verdadeira a minha vida.
Não me largues nunca, Senhor,
é o que hoje te peço, uma vez mais.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
aperfeiçoa e eleva quanto de verdadeiro,
de bom e de belo existe no homem»
SS Bento XVI
«A Fé leva à descoberta de que o encontro com Deus valoriza,
aperfeiçoa e eleva quanto de verdadeiro, de bom e de belo existe no homem»
Assim nos ensina o Papa Bento XVI, relembrando aquelas verdades sabidas,
mas tantas vezes por mim esquecidas.
Esta certeza alegra-me o coração porque renova a minha consciência
de quanto Deus me ama, de quanto Deus me quer,
usando esta pedagogia positiva de me atrair a Si
a partir do bem que existe no meu coração.
É bom saber-me amado assim,
por um Deus que não desiste nunca de mim.
Este modo de amar, tão próprio de Deus,
é ao mesmo tempo exigente, porque reclama a minha liberdade
e “leva-me mais longe…” no caminho da perfeição.
Quanto mais d’Ele me aproximo,
maior é o desejo de “acertar o passo”,
fazendo minha a Sua vontade.
Eu sei que não é fácil, às vezes é mesmo duro…
mas é possível porque Ele próprio Se torna companhia
de todas as horas, de todas as decisões,
tornando mais humana e verdadeira a minha vida.
Não me largues nunca, Senhor,
é o que hoje te peço, uma vez mais.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
sexta-feira, 28 de setembro de 2012
Os Anjos
De todas as criaturas de Deus,
serão talvez os Anjos aquelas em que menos penso.
A Igreja ao fazer memória dos três Arcanjos
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael,
lembra-me a sua existência e a sua missão.
Apesar de serem inúmeras as referências
que deles encontro nos Evangelhos
e de rezar todos os dias ao meu Anjo da Guarda
reconheço que não lhes tenho dado a importância devida
Sendo puros espíritos, têm inteligência e vontade,
e, portanto, liberdade.
Vivendo em permanente contemplação de Deus,
foram Seus mensageiros junto dos homens,
participando activamente na história da Salvação.
Como não hei-de estar grato a S. Miguel que derrotou Lucífer?
A S. Rafael que leva até Deus as orações dos justos?
A S. Gabriel que trouxe o anúncio feito a Maria?
Como posso esquecer o Anjo de Portugal
que veio à Cova da Iria preparar os Pastorinhos para a missão
que lhes estava destinada e que viria a mudar
a história dos homens do meu tempo?
Os Anjos vêem já o que eu um dia espero ver
e gozam já da plenitude a que sou chamado
desde o dia em que por Deus fui pensado e desejado.
É pois tempo de lhes pedir que por mim intercedam
para que a minha inteligência acolha a sabedoria do Céu,
a minha vontade me conduza para o bem
e a minha liberdade se realize plenamente na adesão à verdade
que a Igreja maternalmente me revela.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
Ouvir
serão talvez os Anjos aquelas em que menos penso.
A Igreja ao fazer memória dos três Arcanjos
S. Miguel, S. Gabriel e S. Rafael,
lembra-me a sua existência e a sua missão.
Apesar de serem inúmeras as referências
que deles encontro nos Evangelhos
e de rezar todos os dias ao meu Anjo da Guarda
reconheço que não lhes tenho dado a importância devida
Sendo puros espíritos, têm inteligência e vontade,
e, portanto, liberdade.
Vivendo em permanente contemplação de Deus,
foram Seus mensageiros junto dos homens,
participando activamente na história da Salvação.
Como não hei-de estar grato a S. Miguel que derrotou Lucífer?
A S. Rafael que leva até Deus as orações dos justos?
A S. Gabriel que trouxe o anúncio feito a Maria?
Como posso esquecer o Anjo de Portugal
que veio à Cova da Iria preparar os Pastorinhos para a missão
que lhes estava destinada e que viria a mudar
a história dos homens do meu tempo?
Os Anjos vêem já o que eu um dia espero ver
e gozam já da plenitude a que sou chamado
desde o dia em que por Deus fui pensado e desejado.
É pois tempo de lhes pedir que por mim intercedam
para que a minha inteligência acolha a sabedoria do Céu,
a minha vontade me conduza para o bem
e a minha liberdade se realize plenamente na adesão à verdade
que a Igreja maternalmente me revela.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
Ouvir
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Uma caixa talvez, um tempo no horário
Começamos hoje, Quarta-Feira de Cinzas, a Quaresma de 2012.
Diante de nós, um tempo único.
Dias de oração,
dias de jejum,
dias de esmola.
Há alguns anos, num tempo também de crise, na nossa paróquia, foi-nos proposto um gesto muito concreto - nas sextas-feiras da Quaresma comeríamos só sopa.
Aderimos com entusiasmo, o meu marido e eu. Aos filhos contámos sem qualquer imposição. Mas aderiram também.
Pusemos uma caixa na sala e nela cada um ía colocando a sua renúncia.
Gestos simples. Uma caixa. Uma palavra.
Senhor, que neste dia inicial, o nosso jejum se transforme na partilha concreta que ensinaste.
Que os nossos passos se dirijam ao canto recolhido da Tua Palavra,
num tempo talvez marcado num horário.
Que a oração tudo perfume e tudo envolva.
Que esta Quarta-feira de Cinzas
seja, Senhor, Quarta-feira de Cinzas para toda a nossa vida.
Maria Teresa Frazão
fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
Diante de nós, um tempo único.
Dias de oração,
dias de jejum,
dias de esmola.
Há alguns anos, num tempo também de crise, na nossa paróquia, foi-nos proposto um gesto muito concreto - nas sextas-feiras da Quaresma comeríamos só sopa.
Aderimos com entusiasmo, o meu marido e eu. Aos filhos contámos sem qualquer imposição. Mas aderiram também.
Pusemos uma caixa na sala e nela cada um ía colocando a sua renúncia.
Gestos simples. Uma caixa. Uma palavra.
Senhor, que neste dia inicial, o nosso jejum se transforme na partilha concreta que ensinaste.
Que os nossos passos se dirijam ao canto recolhido da Tua Palavra,
num tempo talvez marcado num horário.
Que a oração tudo perfume e tudo envolva.
Que esta Quarta-feira de Cinzas
seja, Senhor, Quarta-feira de Cinzas para toda a nossa vida.
Maria Teresa Frazão
fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Primeira Semana do Advento
Senhor, eis-nos de novo a reviver o tempo de Advento; o tempo lindo e misterioso da espera de um Deus que acreditamos estar já na história da humanidade, mas ainda tão ausente do coração de tantos homens e mulheres.
Senhor, eis-nos de novo perante a certeza de um Deus que se humaniza e vem bater à porta de cada ser humano para o chamar à concórdia e à paz, à construção de caminhos de gratuidade e de partilha; às verdadeiras alegrias dos dons.
Vem Senhor, Jesus! Vem ao coração de cada um de nós, que todos os dias nos levantamos para um novo dia, como quem se dispõe a uma viagem de rotinas mas também de inesperados. Que esta tua vinda nos ajude a reparar no segredo e na alegria da espera, e que seja ela a abrir-nos os olhos para uma existência que pode ser sempre nova.
fonte: Oração da Manhã (RR)
sábado, 12 de novembro de 2011
Há dias cheios de noite (RR)
Hoje poderia ser um dia sem noite.
Dia para não passar à frente do outro.
Dia para dar espaço ao que se sente desconfortável.
Dia para não se armar “em chico esperto”.
Dia para não atirar a “beata” do cigarro para o chão
e de não cuspir nos passeios.
Dia para não atirar a prata do chocolate,
ou o recibo do supermercado para o chão
ou pela janela do carro.
Dia para não sacudirmos os tapetes
nas varandas dos vizinhos,
não batermos a porta com força a altas horas
ou abrirmos em toda a potência
os amplificadores de som.
Dia para pegar no carro calmamente,
sinalizar devidamente as nossas manobras
e saudar os que cruzamos na estrada.
Dia para pensarmos que não somos donos de nada;
que temos ao nosso dispor bens para usar
e que não há bem privado
que não comporte uma exigência pública e solidária.
Dia para perceber que não somos melhores
do que ninguém,
nem pelo que temos, nem pelo que parecemos.
Dia para arrumar de vez com a fantasia
de que temos poder sobre os outros
e que eles nos devem atenção, distinção, anuência.
Hoje poderia ser um dia sem noite;
um dia verdadeiramente dia.
Um bom dia.
Isabel Varanda
Oração da Manhã - 10 de Novembro
Dia para não passar à frente do outro.
Dia para dar espaço ao que se sente desconfortável.
Dia para não se armar “em chico esperto”.
Dia para não atirar a “beata” do cigarro para o chão
e de não cuspir nos passeios.
Dia para não atirar a prata do chocolate,
ou o recibo do supermercado para o chão
ou pela janela do carro.
Dia para não sacudirmos os tapetes
nas varandas dos vizinhos,
não batermos a porta com força a altas horas
ou abrirmos em toda a potência
os amplificadores de som.
Dia para pegar no carro calmamente,
sinalizar devidamente as nossas manobras
e saudar os que cruzamos na estrada.
Dia para pensarmos que não somos donos de nada;
que temos ao nosso dispor bens para usar
e que não há bem privado
que não comporte uma exigência pública e solidária.
Dia para perceber que não somos melhores
do que ninguém,
nem pelo que temos, nem pelo que parecemos.
Dia para arrumar de vez com a fantasia
de que temos poder sobre os outros
e que eles nos devem atenção, distinção, anuência.
Hoje poderia ser um dia sem noite;
um dia verdadeiramente dia.
Um bom dia.
Isabel Varanda
Oração da Manhã - 10 de Novembro
sexta-feira, 30 de setembro de 2011
Não vos inquieteis com coisa alguma…
«Não vos inquieteis com coisa alguma…
O Deus da Paz estará convosco»
FL 4, 6; 9
«Não vos inquieteis com coisa alguma»,
«o Deus da paz estará convosco».
Quem assim escrevia aos Cristãos de Filipo
era S. Paulo,
privado da sua liberdade nas cadeias de Roma.
São palavras ditas por um homem concreto,
a experimentar na sua própria carne
o alto preço da injustiça.
Reler esta carta do Apóstolo,
devolve-me a certeza
de que é possível viver na paz de Deus,
por mais duros, difíceis e prolongados
que sejam os meus problemas.
Porque o Deus é o mesmo e a Graça é a mesma,
a diferença só pode estar em mim.
Sou eu que tenho que mudar,
é a minha confiança que tem que crescer,
é a timidez da minha entrega que urge vencer,
é o meu coração que falta converter.
Preciso que me ensines
a trazer para as horas do meu dia
estas certezas que inculcaste no meu coração.
Só assim, a inquietude que me perturba
dará lugar à Tua paz, Senhor.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
O Deus da Paz estará convosco»
FL 4, 6; 9
«Não vos inquieteis com coisa alguma»,
«o Deus da paz estará convosco».
Quem assim escrevia aos Cristãos de Filipo
era S. Paulo,
privado da sua liberdade nas cadeias de Roma.
São palavras ditas por um homem concreto,
a experimentar na sua própria carne
o alto preço da injustiça.
Reler esta carta do Apóstolo,
devolve-me a certeza
de que é possível viver na paz de Deus,
por mais duros, difíceis e prolongados
que sejam os meus problemas.
Porque o Deus é o mesmo e a Graça é a mesma,
a diferença só pode estar em mim.
Sou eu que tenho que mudar,
é a minha confiança que tem que crescer,
é a timidez da minha entrega que urge vencer,
é o meu coração que falta converter.
Preciso que me ensines
a trazer para as horas do meu dia
estas certezas que inculcaste no meu coração.
Só assim, a inquietude que me perturba
dará lugar à Tua paz, Senhor.
Rui Corrêa d’Oliveira
fonte: Oração da Manhã (RR)
quarta-feira, 25 de maio de 2011
Urgentes os sorrisos (RR)
São urgentes os sorrisos.
Corroem-nos dores, dúvidas e tantas incertezas.
São urgentes, Senhor, sorrisos ou palavras, que digam Alegria.
Por tudo isto quero nesta manhã louvar aquele senhor que numa bicicleta velha com um rádio ligado no volume mais alto, percorre firme e convicto as ruas do meu bairro e as vai enchendo de canções.
Oiço pequenos grupos às esquinas. Quem é este homem? Deve ter um problema qualquer. É LOUCO.
Bendigo, Senhor, esta loucura.
Tantas vezes os profetas foram chamados loucos.
Os poetas também.
E são deles os gestos essenciais.
Os nossos dias, agora tão cheios de sol, estão prisioneiros de medos e mais parecem noites de pesadelo.
Este senhor insiste e como por milagre enche as ruas de música e alegria. Finalmente sorrimos.
Louvados sejam, Senhor, todos quantos Te anunciam assim e dizem a Alegria contra todas as correntes.
Maria Teresa Frazãofonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
sábado, 19 de março de 2011
Acaso é esse o jejum que me agrada...
«Acaso é esse o jejum que me agrada,
no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco,
deitar-se sobre saco e cinza?
Podeis chamar a isto jejum
e dia agradável ao SENHOR?»
Is 58, 5
Nesta Quaresma, Senhor, que jejum me pedes?
É bom e justo fixar um “ponto de esforço”,
que me vá recordando, dia-a-dia,
que o desprendimento e a mudança
são passos verdadeiros de conversão.
Mas estes pequenos gestos
têm de ser sinais de uma decisão mais funda
de um querer mais decidido,
de um desejo mais verdadeiro de perfeição.
Se assim não for, pelo possível e razoável,
mas acabo adiando a verdadeira questão:
mudar o meu coração!
É este o jejum que me pedes.
Só pode ser este:
mudar, mudar mesmo, mudar até ao fundo.
Ainda que doa... mesmo que doa.
Mudar é cumprir aquele Teu desejo sobre mim
de ser tal como me pensaste:
homem inteiro, de coração aberto á verdade,
capaz de ser feliz, já e agora,
apesar de toda a contingência do caminho.
Para que se cumpra o Teu desejo,
tenho que me libertar
do que me prende ao que não dura,
e do que me amarra à ilusão.
É esta a mudança, é este o jejum.
Ajuda-me Senhor!
Rui Corrêa d'Oliveira
in Oração da Manhã (Rádio Renascença)
no dia em que o homem se mortifica?
Curvar a cabeça como um junco,
deitar-se sobre saco e cinza?
Podeis chamar a isto jejum
e dia agradável ao SENHOR?»
Is 58, 5
Nesta Quaresma, Senhor, que jejum me pedes?
É bom e justo fixar um “ponto de esforço”,
que me vá recordando, dia-a-dia,
que o desprendimento e a mudança
são passos verdadeiros de conversão.
Mas estes pequenos gestos
têm de ser sinais de uma decisão mais funda
de um querer mais decidido,
de um desejo mais verdadeiro de perfeição.
Se assim não for, pelo possível e razoável,
mas acabo adiando a verdadeira questão:
mudar o meu coração!
É este o jejum que me pedes.
Só pode ser este:
mudar, mudar mesmo, mudar até ao fundo.
Ainda que doa... mesmo que doa.
Mudar é cumprir aquele Teu desejo sobre mim
de ser tal como me pensaste:
homem inteiro, de coração aberto á verdade,
capaz de ser feliz, já e agora,
apesar de toda a contingência do caminho.
Para que se cumpra o Teu desejo,
tenho que me libertar
do que me prende ao que não dura,
e do que me amarra à ilusão.
É esta a mudança, é este o jejum.
Ajuda-me Senhor!
Rui Corrêa d'Oliveira
in Oração da Manhã (Rádio Renascença)
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
Natal em tempo de crise!
+++
Estamos a viver a primeira semana do tempo de Advento rumo à celebração do Natal de Deus. Para os cristãos, este tempo evoca o que de mais puro, de mais luminoso, de mais terno, de mais extraordinário, de mais genial, dá sentido ao cosmos e à vida no cosmos e a cada vida: Deus que, perdido de amor pelas suas criaturas, amando fiel e apaixonadamente o mundo, decide vir ao mundo, para o mundo, viver a vida do mundo, mostrando, trazendo, realizando a salvação. Alguém escreveu, um dia, que: “a genialidade do cristianismo está em ter transformado o mundo em teofania”, ou seja, em manifestação de Deus.
O Natal é este marco singular que une a terra e o céu, a transcendência e a imanência, o Criador e as criaturas “num laço de indissolúvel amizade”. O Natal é a revelação de um segredo de transcendência escondido no cosmos: para além dos dinamismos físicos e biológicos; para além do visível e quantificável, o ser humano é capaz de Deus. Não só o ser humano, todo o cosmos é capaz de Deus.
Este ano começou a ouvir-se falar em Natal, associando ao contexto de grave perturbação que marca negativamente o país e o mundo. O clima de austeridade não parece poupar o Natal, diz-se. Decide-se aqui e ali reduzir as iluminações de Natal. Não será por isso que o Natal de 2010 terá menos luz; não será por isso que a luz de Deus deixará de brilhar ou enfraquecerá nos nossos corações e na nossa vida.
Feliz Advento.
Bom-dia!
Isabel Varandain Oração da Manhã - Rádio Renascença
+++
sábado, 20 de novembro de 2010
O verdadeiro significado do Natal
Senhor Jesus,
Isabel Figueiredo
in Rádio Renascença - Oração da Manhã
+++
O Natal, o teu Natal, já está nas ruas.
E estamos rodeados de luzes, de cores, de renas… há árvores vermelhas, brancas, castanhas, com neve e sem neve. Há enfeites delicados e únicos; outros feitos em série, iguais em todo o mundo.
Mas hoje, Senhor, quero pedir-Te por todos aqueles que vão dar um sinal claro, visível, do verdadeiro significado do Natal, o Teu nascimento, Menino de Belém.
Por todo o nosso Portugal, vamos colocar nas janelas e varandas de nossas casas, um estandarte de Natal.
E na simplicidade deste gesto, Senhor Jesus, ajuda-nos a encontrar a esperança, a paz, a alegria daquela noite, em Belém.
Isabel Figueiredo
in Rádio Renascença - Oração da Manhã
+++
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