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sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Bispos pedem a políticos para combater injustiças sociais

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D. Jorge Ortiga sugere cortar salários e pensões dos mais ricos para poder ajudar os mais pobres.

Da assembleia plenária da Comissão Episcopal Portuguesa sai uma advertência para a classe política para acabar com as injustiças sociais.

Os bispos consideram que é hora de pôr cobro a remunerações, pensões e recompensas exorbitantes quando há tanta gente a viver sem condições de dignidade.

“Ao reconhecer que há vidas hoje, de nossos concidadãos que são indignas, e reconhecendo que há outras pessoas que vivem na opulência, temos que falar”, afirmou em conferência de imprensa D. Jorge Ortiga.

O presidente da Conferência Episcopal tornou claro que não se trata de uma recriminação, mas sim um alerta: “Não é um puxão de orelhas a ninguém, mas uma denúncia, um alerta, pedir que se tenha isso em consideração e que se veja até que ponto pessoas em determinados cargos, com determinados serviços, não poderão porventura ganhar menos para poder proporcionar vida a outras pessoas que vivem sem condições mínimas de dignidade”.
D. Jorge Ortiga criticou ainda os lucros indevidos, proveitos eleitorais e resultados oportunistas que, diz, não servem à recuperação nacional. Por isso os bispos apelam também à coesão responsável entre forças políticas, agentes económicos, sociais e culturais, comunicação social e a todos os cidadãos.

A Conferência Episcopal compromete-se a coordenar os organismos da Igreja que prestam apoio na área social, para evitar duplicação de esforços e desperdícios.

Neste reunião foi ainda aprovado o regulamento do fundo social solidário, que estará ao dispor de dioceses e paróquias para ajudar os mais carenciados.

Base de compromisso com as Misericórdias
Já em relação às negociações com a União das Misericórdias Portuguesas (UMP), o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa anunciou que foram aprovadas as bases de um compromisso que põe termo ao diferendo que opõe as duas partes.
“Reconhecemos o trabalho que as Misericórdias desempenham e, efectivamente, da nossa parte da Conferência Episcopal Portuguesa aprovámos umas bases de compromisso, que também a União das Misericórdias também já aprovou”,  esclarece D. Jorge Ortiga.

Em causa está uma divergência sobre o decreto-geral para as Misericórdias, um documento aprovado, em Setembro, pelo Vaticano.

O decreto considera as Misericórdias associações públicas de fiéis, o que implica que os provedores tenham que prestar contas da sua gestão aos Bispos, que são também quem os confirma nos cargos e quem aprova os estatutos das instituições.