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| foto de Mario Janeiro |
As vinhas tingem-se de fogo e vinho,
nas encostas suaves do Douro e do Minho.
Folhas caem como cartas de amor,
escritas pelo vento com ternura e cor.
O Tejo reflete o céu dourado,
Lisboa suspira num fado calado.
As ruas cheiram a castanha assada,
e cada esquina guarda uma alma encantada.
Nos montes do Alentejo, o silêncio é rei,
e o tempo abranda como nunca o fez.
O sol, mais baixo, acaricia a terra,
como quem se despede sem fazer guerra.
Outono em Portugal é saudade que dança,
é memória viva, é esperança mansa.
É o abraço quente de uma estação,
que nos ensina a ouvir o coração.
Autoria de Rui Morgado
Poema lindo que aquece o coração.
via Dulce Dias
