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quinta-feira, 9 de junho de 2022

Pelos Sacerdotes

Oração pelos Sacerdotes

Oração pelos Sacerdotes
(de Santa Teresa do Menino Jesus)

Ó Jesus, Sumo e Eterno Sacerdote,
conservai os vossos sacerdotes
sob a proteção do Vosso Coração Amabilíssimo,
onde nada de mal lhes possa suceder.
Conservai puros e desapegados dos bens da terra
os seus corações,
que foram selados com o caráter sublime
do Vosso Glorioso Sacerdócio.
Fazei-nos crer no seu amor e fidelidade para Convosco
e preservai-os do contágio do mundo.
Dai-lhes também,
juntamente com o poder
que têm de transubstanciar o pão e o vinho
em Vosso Corpo e Sangue,
o poder de transformar os corações dos homens.
Abençoai os seus trabalhos com copiosos frutos
e concedei-lhes um dia a coroa da vida eterna.

Amém!




domingo, 21 de abril de 2013

JESUS, O BOM PASTOR


O Evangelho deste Domingo (Jo 10, 27-30) diz que não somos nós a tomar a iniciativa de seguir Jesus, mas é Ele que toma a iniciativa e que chama: «As minhas ovelhas escutam a minha voz. Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me» (Jo, 10, 27).

Nós, os discípulos de Jesus, vivemos neste mundo, como toda a gente. Os apelos e as mensagens são mais que muitos e, tantas vezes, temos muita dificuldade em saber quem nos fala verdade. Muitos são os que se apresentam como «pastores», que prometem vida, bem-estar, felicidade e convidam a segui-los.

É fácil ser-se enganado por charlatães. Como reconhecer, entre tantas vozes, a do «verdadeiro Pastor»? É necessário, antes de mais, habituar o ouvido! Quem escutar só cinco minutos uma pessoa e depois, durante um ano, não voltar a escutá-la, muito dificilmente conseguirá distinguir a sua voz no meio da multidão. Quem escuta o Evangelho muito raramente, não aprende a reconhecer a voz do Senhor que fala.

Procuremos perguntar-nos: O que sucedeu quando seguimos outras vozes? O que aconteceu quando demos ouvidos à concupiscência, ao orgulho, à inveja, ao rancor, à cobiça de dinheiro?...

Não é tarefa fácil confiar em Jesus porque Ele não promete nem sucessos, nem triunfos, nem vitórias, como, ao contrário, fazem todos os outros pastores. Exige o dom de si mesmo, exige a renúncia à procura do proveito próprio, exige o sacrifício da vida pelos irmãos. E, no entanto, garante-nos Ele, este é o único caminho que conduz à «vida eterna» (Jo 10, 28-29). Não há atalhos! Quem nos indicar outras estradas está a enganar-nos!

O vosso Pároco,
Padre Mário Faria Silva


domingo, 10 de março de 2013

A PARÁBOLA DO PAI MISERICORDIOSO


Esta parábola, registada apenas pelo Evangelho de S. Lucas (Lc 15, 11-32) propõe um estilo novo de relações entre os homens, mas propõe, sobretudo, uma nova imagem de Deus.

A parábola envolve fundamentalmente três pessoas: o filho mais novo, desmiolado e valdevinos, imagem dos pecadores que nós somos, a quem Jesus estende a mão; o filho mais velho, homem sério e trabalhador, mas duro e desapiedado, imagem dos fariseus e imagem do Deus em quem os fariseus e os doutores da lei acreditavam; o pai, imagem do Deus de Jesus.

No “primeiro acto”, o filho mais novo tem a deselegância de pedir partilhas antecipadas, estoura numa vida dissipada tudo o que tinha reunido, resigna-se a guardar porcos, tarefa considerada indigna entre os judeus. O pai sofre e tem pena do filho, o irmão mais velho acha que é bem feito e só lhe dedica desprezo.

Num “segundo acto”, no fundo do abismo, o filho mais novo lembra-se do pai com respeito e saudade. Reconhece que ele é um homem recto e generoso. Não se atreve a acreditar que o pai lhe perdoe, mas encara a ideia de lhe pedir que o receba como criado. Hesita algum tempo. Finalmente, ganha coragem e caminhou para casa. Ia com vergonha e com medo, mas com uma ponta de esperança.

“Terceiro acto”: O pai desgostava-se dos desvarios do filho mais novo, mas tinha sobretudo pena dele. Quando, um dia, o vê a caminhar na estrada ao seu encontro, sujo e maltrapilho, só tem compaixão e amor. “Corre a lançar-se-lhe ao pescoço e cobre-o de beijos”. O rapaz começa a debitar o pobre discurso que trazia preparado, mas o pai não o ouve e não o deixa continuar. Fica imerso em alegria: o seu filho regressou. Manda aos criados que lhe tragam a roupa e calçado, e um anel, sinal de que pertence à família. Manda matar o bezerro gordo e fazer uma festa.

Num “quarto acto”, quando, ao fim do dia, o filho mais velho regressa do trabalho, fica espantado e pergunta a um criado o que era aquilo. O criado dá uma resposta envolta em veneno: “Foi o teu irmão que regressou, e o teu pai mandou matar o bezerro gordo, porque o encontrou com saúde”. O filho mais velho, furioso, não entra na festa.

“Quinto acto”: O pai vem dialogar com ele. Não responde às suas censuras, nem à fúria que ele exterioriza contra “esse teu filho…”. Diz serenamente: “Filho, tu tens estado sempre comigo, e tudo o que está aqui é teu. Mas nós tínhamos de fazer uma festa, porque este teu irmão estava morto e voltou à vida, estava perdido e encontrou-se.”

Para judeus esta era uma história subversiva. Parece ignorar que há bem e há mal, que a vontade de Deus é que os homens escolham o bem e rejeitem o mal, que os pais têm obrigação de corrigir os filhos… Onde vamos parar se as pessoas de respeito encolhem os ombros perante os pecados dos maus e os equiparam aos que levaram sempre uma vida correcta? Não sabe Jesus que a Escritura diz que Deus premeia os bons e castiga os maus?

Jesus convida-nos a acreditar que que há quem proceda como este pai. Sobretudo, ensinou-nos que Deus procede sempre assim. Para os que se escandalizam, tem uma palavra dura. “Eu não vim chamar os justos, vim chamar os pecadores” (Mt 9, 13; Mc 2, 17).

Padre Mário Faria Silva
fonte: Paróquia de Barcarena (Folha Paroquial)