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sábado, 29 de novembro de 2025

Reflexo no tempo


 

O tempo não se vê,  

mas deixa marcas na pele,  

no silêncio das casas,  

no olhar que recorda.  


Corre como rio,  

às vezes manso,  

às vezes furioso,  

sempre inevitável.  


No tempo cabem memórias,  

cabem dores e esperanças,  

cabem instantes breves  

que se tornam eternidade.  


E nós, passageiros,  

aprendemos a colher  

o que floresce no caminho,  

mesmo sabendo que tudo passa.  


O tempo não é inimigo,  

é mestre paciente:  

ensina que cada segundo  

é já uma vida inteira.


sábado, 22 de novembro de 2025

Outono em Portugal


 

As vinhas tingem-se de fogo e vinho,  

nas encostas suaves do Douro e do Minho.  

Folhas caem como cartas de amor,  

escritas pelo vento com ternura e cor.


O Tejo reflete o céu dourado,  

Lisboa suspira num fado calado.  

As ruas cheiram a castanha assada,  

e cada esquina guarda uma alma encantada.


Nos montes do Alentejo, o silêncio é rei,  

e o tempo abranda como nunca o fez.  

O sol, mais baixo, acaricia a terra,  

como quem se despede sem fazer guerra.


Outono em Portugal é saudade que dança,  

é memória viva, é esperança mansa.  

É o abraço quente de uma estação,  

que nos ensina a ouvir o coração.


~Rui Morgado

#RuiMorgado


segunda-feira, 10 de novembro de 2025

Cores do Outono

foto de Mario Janeiro

As vinhas tingem-se de fogo e vinho,  

nas encostas suaves do Douro e do Minho.  

Folhas caem como cartas de amor,  

escritas pelo vento com ternura e cor.


O Tejo reflete o céu dourado,  

Lisboa suspira num fado calado.  

As ruas cheiram a castanha assada,  

e cada esquina guarda uma alma encantada.


Nos montes do Alentejo, o silêncio é rei,  

e o tempo abranda como nunca o fez.  

O sol, mais baixo, acaricia a terra,  

como quem se despede sem fazer guerra.


Outono em Portugal é saudade que dança,  

é memória viva, é esperança mansa.  

É o abraço quente de uma estação,  

que nos ensina a ouvir o coração.


Autoria de Rui Morgado 


Poema lindo que aquece o coração.

via Dulce Dias


 

domingo, 7 de setembro de 2025

Um Ano de Amor

 


Dulce e Filipe, que bela união,

Hoje festejam com o coração,

Doze meses de riso e ternura,

Um amor que cresce, doce e com doçura.


Foi um ano de sonhos partilhados,

De passos firmes, bem lado a lado,

Entre abraços, sorrisos e luar,

A história começa, pronta a brilhar.


Que venham mil dias, e muito mais,

Com gestos pequenos, tão especiais,

O tempo só prova, com todo o calor,

Que nada é mais forte do que o amor.


Parabéns ao casal, hoje é só celebrar,

Que a vida os guie sempre a amar,

Dulce e Filipe, que seja eterno,

Esse laço tão puro, tão doce, tão terno.


~Rui Morgado




sábado, 14 de junho de 2025

O que fica (Rui Morgado)

 

Não é o que se tem, é o que se dá.

É o gesto calado, é quem sabe escutar.

É o "obrigado" dito com o peito aberto,

mesmo quando o caminho parece deserto.


Gratidão não se escreve — vibra no ar,

é quando o coração aprende a pousar.

É olhar pra trás com alma lavada,

e saber que até a dor foi jornada.


O carácter?

É o que se faz quando ninguém vê.

É manter a palavra mesmo ao perder.

É cair de frente, é ser inteiro,

não moldar-se ao mundo por um ligeiro.


Humildade é rei sem coroa na mão,

é saber-se pequeno sem negar o chão.

É ter força e não precisar mostrar,

é saber que servir também é reinar.


A sabedoria…

não mora em livros sozinha,

mas em quem errou e guardou a linha.

Em quem prefere a paz ao ter razão,

e caminha leve com o perdão na mão.


O amor — esse é fio de tudo que fica.

Não grita, mas funda. Não prende, edifica.

É o que resta quando o resto se vai,

é o que cura sem saber como, nem por que vai.


E a felicidade?

Não é meta, é maneira.

É estar inteiro, mesmo em noite inteira.

É rir de dentro, chorar sem vergonha,

é ser verdade, mesmo sem medalha ou fama.


No fim de tudo, o que conta é isso:

a luz que deixamos, o bem que se diz,

o nome que ecoa em silêncio profundo…

e um simples "obrigado"

que muda o mundo.

~Rui Morgado