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segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Força e coragem

 

Votos de uma excelente semana,

com grandes passos no caminho da Paz.

Que o Divino Espírito Santo,

inunde os corações dos governantes 

deste nosso mundo, 

e se construam muitas pontes,

se acalmem as iras

e um espírito de perdão e Amor

se espalhe na superfície da Terra!!!

via WhatsApp(Jornada de Luz/Aparecida)

quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Morri e vou contar como tudo aconteceu


MORRI E  VOU CONTAR COMO TUDO ACONTECEU!

A minha primeira parcela de morte aconteceu quando acreditei que existiam vidas mais importantes e preciosas do que a minha. O mais estranho é que eu chamava isso de humildade. Nunca pensei na possibilidade do auto abandono.

Morri mais um pouquinho no dia em que acreditei em vida ideal, estável, segura e confortável.

Passei a não saber lidar com as mudanças.

Elas me aterrorizavam.

Depois vieram outras mortes.

Recordo-me que comecei a perder gotículas de vida diária, desde que passei a consultar os meus medos ao invés do meu coração. Daí em diante comecei a agonizar mais rápido e a ser possuída por uma sucessão de pequenas mortes.

Morri no dia em que meus lábios disseram, não.

Enquanto o meu coração gritava, sim!

Morri no dia em que abandonei um projeto pela metade por pura falta de disciplina.

Morri no dia em que me entreguei à preguiça.

No dia em que decidir ser ignorante, bulímica, cruel, egoísta e desumana comigo mesma.

Você pensa que não decide essas coisas?

Lamento. Decide sim!

Sempre que você troca uma vida saudável por vícios, gulodice, sedentarismo, drogas e alienação intelectual, emocional, espiritual, cultural ou financeira, você está fazendo uma escolha entre viver e morrer.

Morri no dia em que decidi ficar em um relacionamento ruim, apenas para não ficar só.

Mais tarde percebi que troquei afeto por comodismo e amor por amargura.

Morri outra vez, no dia em que abri mão dos meus sonhos por um suposto amor.

Confundi relacionamento com posse e ciúme com zelo.

Morri no dia em que acreditei na crítica de pessoas cruéis.

A pior delas? Eu mesma.

Morri no dia em que me tornei escrava das minhas indecisões.

No dia em que prestei mais atenção às minhas rugas do que aos meus sorrisos.

Morri no dia que invejei , fofoquei e difamei.

Sequer percebi o quanto havia me tornado uma vampira da felicidade alheia.

Morri no dia que acreditei que preço era mais importante do que valor.

Morri no dia em que me tornei competitiva e fiquei cega para a beleza da singularidade humana.

Morri no dia em que troquei o hoje pelo amanhã.

Quer saber o mais estranho? O amanhã não chegou.

Ficou vazio… Sem história, música ou cor.

Não morri de causas naturais.

Fui assassinada todos os dias.

As razões desses abandonos foram uma sucessão de desculpas e equívocos.

Mas ainda assim foram decisões.

O mais irônico de tudo isso?

As pessoas que vivem bem não tem medo da morte real.

As que vivem mal é que padecem desse sofrimento, embora já estejam mortas.

É dessas que me despeço.

Assinado:

A CORAGEM

fonte: facebook Ashtar Sheran 

terça-feira, 30 de junho de 2020

Cobardia


No passado dia 22 enviei o seguinte mail aos meus vizinhos:
Bom dia vizinhas e vizinhos,

Espero que tudo esteja bem convosco.

Só para que tenham conhecimento 
e possam tomar as devidas precauções, 
venho por este meio relatar o assalto 
de que ontem fui vítima, pelas 19h15, 
quando subia da garagem para a nossa rua. 
Dois indivíduos de etnia africana, 
vinham a correr no sentido contrário, 
usando máscara. 
Desviei-me para os deixar passar e,
imprudentemente, baixei o olhar. 
Num ápice, o indivíduo que corria na frente, 
com fato de treino claro e cabelo encaracolado, 
lançou a mão ao fio de ouro que trazia e arrancou-mo, 
continuando a correr no mesmo sentido descendente... 
Fui completamente surpreendido 
e senti que não deveria correr atrás deles. 
Reportei a situação na Esquadra de XXX.

Um abraço a todos,

Manuel Filipe Santos.


Fiquei sem a jóia mas ainda tenho pescoço, 
apesar de ferido.
Era um fio/cruz que me tinha sido oferecido
pela mãe das minhas filhas 
e que usei durante mais de 20 anos. 
Deve ter sido o objecto que mais tempo de vida 
me acompanhou. 
Como bónus levaram também uma pequena medalha,
com o Imaculado Coração de Maria
e o Sagrado Coração de Jesus,
pendurada no mesmo fio, 
que tinha comprado há poucos meses
em Fátima.

No dia seguinte, fiz questão de rezar pelos jovens,
apesar do acto cobarde que tiveram. 

Gosto de pensar que precisava de deixar 
aquele objecto partir.
Sem saberem, fizeram-me um favor.
Libertaram-me do passado. 
De um passado que eu insistia em carregar.

Hoje sinto-me mais leve, pois aquele fio
transportava muitas memórias de dor,
muita angústia, muita frustração.

Curiosamente, dias antes, 
tinha tido um sonho violento
em que, por algum motivo que não recordo,
tive a consciência plena que me era arrancada 
uma máscara da cara. 
Não consigo deixar de relacionar
este sonho com o episódio. 
No sonho, os elásticos da máscara
eram claramente rebentados e as orelhas puxadas. 
Na realidade eu não trazia máscara 
mas fiquei sem o fio de ouro 
que me foi arrancado e a t-shirt destruida.

Agradeço estar aqui para contar esta história,
pois algo na altura me disse que mais valia a minha vida
e a deles, do que manter o fio na minha posse.
Manifestei o meu desagrado, 
chamando-lhes um nome que não me recordo
mas não tive vontade nenhuma de correr atrás deles.

Não sinto que tenha tido medo 
mas não tive vontade de lutar.
E isso surpreendeu-me. Não me reconheci.

Julgo que decidi correctamente.
É por isso que hoje dou graças a Deus!

Da próxima vez, 
espero que novamente o Espírito Santo
me acompanhe.

Filipe
Oeiras, 30 de Junho de 2020.

2020.07.16

Ainda não perdoei o irmão que me roubou...
Hoje quando vinha a chegar a casa, exactamente no mesmo local onde fui assaltado, conforme descrevi em cima. Vi passar um Audi preto, a grande velocidade, e era capaz de jurar que o assaltante ia sentado no lugara do morto. Parecia estar a pegar em qualquer coisa, junto aos seus pés, estando ligeiramente inclinado para a frente. O cabelo, a cor da pele e o olhar fizeram um match automático com a fotografia mental que guardei. O carro ia a subir na direcção de Massamá, cerca das 20h20.
Este incidente mostrou-me que ainda não o perdoei...

🙏

2024.08.18

Hoje, quando ia a caminho da missa, aqui em Tercena, cruzei-me com um rapaz que entrou no número 17, mesmo ao lado do Trovante, cujo cabelo era mesmo parecido com o cabelo e a fotografia mental que guardei. Fica só o registo, com o reforço da importância de o perdoar.