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quarta-feira, 18 de junho de 2025

E como José Saramago está vivo

 


Escrever na água


E como José Saramago está vivo


Hoje celebramos 15 anos da partida do mundo material o grande génio que foi José Saramago.


Como retenho na memória a celeuma e polémica levantada por ele com a publicação do magistral livro «Evangelho Segundo Jesus Cristo». Relembro as várias vozes, mais ou menos ligadas à ortodoxia católica, vociferando impropérios contra o autor e as suas obras. Também me lembro da censura que o governo de Cavaco Silva intentou para boicotar o seu nome para Prémio Nobel da Literatura.


Porém, a par desta polémica toda, mais inútil do que útil, tenho na memória a voz pausada, serena do padre Tolentino Mendonça, hoje cardeal, a debater com Saramago na televisão pontos de vista diferentes, mas que em vários momentos da reflexão se aproximavam e se conjugavam na perfeição.


Neste contexto em que se rememora uma figura cimeira da nossa literatura do séc. XX, equiparado a outros que trago no regaço do meu pensamento, Luiz de Camões; Camilo Castelo Branco; Eça de Queroz; Miguel Torga; Aquilino Ribeiro; Eduardo Lourenço; Agustina Bessa Luis… Entre tantos outros que a nossa riquíssima literatura nos desvelou.


Nos tempos do recrudescimento do ódio, deve reacender em nós a única e a mais útil das devoções que é nossa opção preferencial pela humanização e pela humanidade. Disse Saramago: «As palavras proferidas pelo coração não tem língua que as articule, retém-nas um nó na garganta e só nos olhos é que se podem ler».


Quando oiço palavras, por mais facínoras que sejam, sempre rebobino a memória da primeira parte da frase de Caio Tito, senador romano, «Verba volant». Mas quando oiço que por detrás das palavras estão olhares felinos de ódio, de indiferença e de altivez sobre o outro, comovo-me e reconheço o quanto regredimos ou empobrecemos no trato e na forma como nos consideramos.


A desumanidade está aí em campo, nas guerras fratricidas entre nações, mas também está nos nossos areópagos democráticos e em todos os lugares onde pensávamos que se deviam reunir pessoas para se entrecruzarem respeitosamente e afetuosamente.

 

O que vemos são campos de batalha, chiqueiros onde se conspurcam soberbos autoconsiderados supra-humanos, com olhares pontiagudos como fios de navalha cortantes como flechas atiradas contra os corpos para matar as almas e todo o espírito que se esperava da boa convivência humana.


José Saramago pensou e disse: «A única maneira de liquidar o dragão é cortar-lhe a cabeça, aparar-lhe as unhas não serve de nada». JLR


fonte: Mural do Pe José Luís Rodrigues




sexta-feira, 14 de março de 2025

A Revolução

 

José Saramago

Esta revolução referida por Saramago (Diário de Notícias 2009), foi iniciada há 2000 anos por um homem novo chamado Jesus. Infelizmente os seus verdadeiros seguidores ainda não foram em número suficiente para que essa transformação acontecesse.


segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A ti regresso, mar

 


A Ti Regresso, Mar


A ti regresso, mar, ao gosto forte

Do sal que o vento traz à minha boca,

À tua claridade, a esta sorte

Que me foi dada de esquecer a morte

Sabendo embora como a vida é pouca.


A ti regresso, mar, corpo deitado,

Ao teu poder de paz e tempestade,

Ao teu clamor de deus acorrentado,

De terra feminina rodeado,

Prisioneiro da própria liberdade.


A ti regresso, mar, como quem sabe

Dessa tua lição tirar proveito.

E antes que esta vida se me acabe,

De toda a água que na terra cabe

Em vontade tornada, armado o peito.


~José Saramago

Os poemas possíveis 

1966

fonte: POESIA em Português 






terça-feira, 30 de janeiro de 2024

Como se nunca tivessem sofrido…


José Saramago

Apesar de ter uma certa admiração por Saramago como escritor e ser humano, tenho consciência das limitações que tinha, e também eu lhe enderecei uma carta aberta e lhe dediquei um vídeo.

terça-feira, 11 de outubro de 2022

sobre a solidão…

A solidão não é viver só, 

a solidão é não sermos capazes 

de fazer companhia a alguém 

ou alguma coisa que está dentro de nós,

a solidão não é uma árvore 

no meio duma planície onde só ela esteja, 

é a distância entre a seiva profunda 

e a casca, 

entre a folha e a raiz.

~José Saramago

in “O ano da morte de Ricardo Reis”

fontes: 

GoodReads

A minha verdade é o Amor

A minha verdade é o amor


sexta-feira, 1 de julho de 2022

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

Bolero para Saramago


 
fonte de inspiração: mural de ia

e o comentário que deixei no post:

José Saramago não deve ter ouvido falar
de “Um Curso Em Milagres”... 
🥺 Deixo aqui um link para quem também não conhece:

Nota importante(2024.02.04): Ainda não encontrei prova da autoria deste texto que pode muito bem nem ser dele, pois até Santo Agostinho se debruça sobre este tema, mas podia muito bem ter sido…

Hoje (2022.08.07), dois dias depois da partida de Jô Soares,
encontrei esta pequena pérola que ambos nos deixaram:


❤️💚💙

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Carta aberta a José Saramago

Estimado José Saramago:

As suas afirmações fizeram-me pensar. Fizeram-me pensar que realmente o Homem muitas vezes constrói Deus à sua imagem. É um pouco dessa história que nos conta o Antigo Testamento. Imaginamos um Deus julgador, severo e castigador, ignorando o grande Deus do Amor. Mais do que calar e ouvir, falamos, falamos e falamos...

O temor é necessário e muitas vezes importante
mas mais importante ainda é o AMOR.

Porque ignorou Jesus? Acho que sei a resposta...
Porque ao contrário de alguns de nós, ainda não acredita que Ele é Deus, feito homem. Porque ao contrário de alguns de nós, ainda não acredita que temos uma origem Comum. Porque ao contrário de alguns de nós, ainda não acredita em Jesus, Irmão e Amigo.

Se um dia vier a acreditar nisso talvez consiga vislumbrar o Deus magnífico que nos ama. O mesmo que Jesus nos mostrou e que o ama a si e nos ama a todos.

Rezo a este Deus,
para que o senhor e todos nós um dia O encontremos verdadeiramente. Rezo por todos nós que, calando as nossas limitadas mentes humanas, possamos um dia ouvir a gloriosa melodia do "Cântico" de Deus.

Obrigado,
Filipe.

Agradecimentos:
Obrigado aos amigos que reviram e,
de uma ou outra forma, deram o seu contributo
para este pequeno texto.


Nota de 2024.02.04: 
O vídeo que deu origem a esta carta foi entretanto removido… 🥹