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quarta-feira, 22 de dezembro de 2021

Um Santo Natal


Entre as almas que conhecem Deus não existe rivalidade quanto a quem é maior, pois há igualdade entre todos os que são um com Deus. Ainda assim, os discípulos frequentemente entram em dissensão ao enaltecer seu próprio mestre acima dos outros. Muitos hindus, por exemplo, afirmam que o Senhor Krishna é a suprema encarnação de Deus, enquanto os cristãos atribuem tal honra a Jesus Cristo. Mas o que diria o próprio Jesus? “Aquele que entre vós todos for o menor, esse mesmo é grande”.

A alma que se desfez de todo egotismo do pequeno eu possessivo, totalmente despojada da consciência do “eu” e do “meu”, conhece apenas sua identidade com Deus – o Uno e Único –, em quem não existe superior ou inferior.

Paramahansa Yogananda,
A Segunda Vinda de Cristo Vol.2
fonte: facebook 

sábado, 23 de outubro de 2021

Anima Christi


Alma de Cristo, santificai-me.
Corpo de Cristo, salvai-me.
Sangue de Cristo, inebriai-me.
Água do lado de Cristo, lavai-me.
Paixão de Cristo, confortai-me.
Ó bom Jesus, escutai-me.
Dentro de Vossas feridas escondei-me.
Não permitais que me separe de Vós.
Do exército do maligno defendei-me.
Na hora da Morte chamai-me.
E chamai-me para ir a Vós,
Para que com Vossos santos Vos louve.
Pelos séculos dos séculos.
Ámen
(Santo Inácio de Loyola)

fonte: wiki 
 

domingo, 7 de março de 2021

O que é o corpo de Jesus Cristo?

Jesus Cristo é o símbolo da unidade. Unidade com Deus, com toda a criação (que inclui todos os universos (passado, presente e futuro) e toda a humanidade onde quer que se encontre.
Cristo é o corpo de Deus. O corpo de Deus é tudo o que se manifesta. Nesse sentido, Deus tem apenas um corpo, um Filho ou uma Filha que é toda a criação.
Cristo é o símbolo de um filho ou filha, uma criação.
Este único Filho ou Filha contém todos os universos. Portanto, o Corpo de Cristo são todos os universos. Cristo é a unidade do infinito e do finito. Ele ou ela é a ponte. O Finito não é Deus. É apenas uma manifestação.
O mundo material é o corpo de Cristo. O mundo vegetal é o corpo de Cristo. O mundo animal é o corpo de Cristo. O mundo humano é o corpo de Cristo. O mundo planetário é o corpo de Cristo. Tudo o que se manifesta é parte do corpo de Cristo. Não há nada fora do corpo de Cristo. Não há ninguém fora do corpo de Cristo. Para Deus, tudo é Um. Este é Cristo. É por isso que dizemos que Deus tem apenas um Filho ou apenas uma Filha que é Cristo. Cada ser humano tem o potencial de crescer na consciência de Cristo, de crescer em um Filho, uma Filha e uma criação. Jesus é um indivíduo. Seu corpo tem um começo e um fim. Mas sua consciência entrou na consciência de Cristo. Cristo estava lá antes de Jesus. Jesus apenas entrou na consciência de Cristo. É a consciência de Cristo que vive no corpo físico de Jesus e por meio dele. O corpo físico aparece e desaparece, mas a consciência de Cristo sempre estará lá.
John Martin Sahajananda Kuvarapu
fonte:

quarta-feira, 3 de março de 2021

O meu empreendedor-chave

 

O meu Empreendedor-chave ( Social ): Jesus C.

O modelo de negócio que mais me atrai é o de empreendedorismo Social, pois combina questões comerciais e sociais, não medindo o sucesso do projeto apenas em termos de lucro mas também pelo impacto social. Exemplos de empreendedorismo social são as fundações dos direitos da criança, as empresas para tratamento de resíduos ou as associações de defesa das mulheres.

Nesse sentido, a figura de Jesus Cristo é aquela que mais me inspira. 

A mensagem que nos deixou pela mão dos seus seguidores, teve e continua a ter impacto em todas as áreas da vida humana, particularmente no relacionamento interpessoal e com repercussões espectaculares ao longo dos tempos em todas as culturas, muito concretamente ao longo do último par de milénios. 

A capacidade de planeamento de Jesus aparentava ser enorme, retirando-se frequentemente para o deserto, por períodos prolongados de avaliação e introspecção. As suas ideias, completamente disruptivas para a sua época e para a sociedade envolvente, foram colocadas em prática na primeira pessoa, por sua própria iniciativa e exemplo, arrastando consigo 12 seguidores diretos que o acompanharam no seu projecto. Teve a persistência rara de levar o seu projecto até ao limite máximo que foi o de dar a sua própria vida pelo mesmo.

Ainda atualmente, é o Líder de biliões de pessoas em todo o mundo que acreditam que ele venceu a morte, com a sua ressurreição, 3 dias depois de morrer na cruz. Na sua vida pública curta, de apenas cerca de 3 anos, constam muitos episódios que demonstram o seu comprometimento com a causa do Amor que pôs em prática de uma forma universal e não discriminada, levando o seu projecto até ao fim mas estando sempre disponível para todos aqueles que procuraram a sua ajuda. A sua capacidade de comunicação era incrível, arrastando atrás de si multidões que ouviam as suas histórias, parábolas e sermões. Os relatos das suas mensagens levaram a que ainda hoje o Cristianismo seja um dos maiores empreendimentos da história da Humanidade.

man@
Oeiras, 3 de março de 2021
( Perfil e potencial do empreendedor 21_PPE01_ABC_VA - realizado em 45 mins )


sábado, 4 de julho de 2020

Jesus Cristo não nos salvou com a sua morte, mas com a sua Vida


JESUS CRISTO NÃO NOS SALVOU COM SUA MORTE, MAS COM SUA VIDA
   A doutrina de que a morte de Jesus na cruz nos salva é insustentável. Sua origem se deve a dois fatos. O primeiro foi a grande emoção de tristeza que ela causou entre os primeiros cristãos. O segundo fato foi a crença judaica errada de que Deus se deleita com sacrifícios e que acabou sendo aceita por eles, o que não é surpreendente, pois eles eram também judeus. Aliás, o próprio Jesus era judeu, embora Ele tenha sido o maior herege do Judaísmo. Infelizmente, essa crença nos sacrifícios agradáveis a Deus se tornou uma das principais do cristianismo. Mas o próprio Jesus disse: "É a misericórdia que quero e não holocaustos" (Mateus 9: 13).  
fonte: RAE


segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Olá mano egoísta

Hoje, o meu pai faria 79 anos aqui na Terra,
não fosse ter partido em Fevereiro do ano passado.

E neste dia quero agradecer
a visão que me foi dada:

Aquilo que distingue uma pessoa altruísta
de uma pessoa egoísta
é o tempo que tem para dedicar aos outros,
independentemente dos benefícios
que essa mesma dedicação lhe possa trazer.

Uma pessoa egoísta, pensa quase exclusivamente
em si própria mas o grau de egoísmo é variável.

O maior egoísta é aquele que só pensa em si
e nos benefícios que possa recolher em qualquer
interacção. Este é o Egoísta-mor.
O Egoísta de nível 1.

Depois vem o Egoísta de nível 2. Este Egoísta,
alarga o seu nível de egoísmo a um outro patamar,
incluindo um conjunto de pessoas
que considera próximas.
Falo do egoísta familiar.
Se atacarem alguém da sua família
ou do seu círculo próximo de amigos
ele move este mundo e outro
em sua defesa.

O Egoísta de nível 3 vem depois.
É uma forma de egoísmo mais subtil.
Amigo do meu amigo, meu amigo é,
são estas as suas palavras.
Este Egoísta pode dar a vida pelo seu clube,
pelo seu país e até pelo seu planeta.
A sua ligação pelas causas,
pode levá-lo até a esquecer a sua própria vida.

No entanto, continua egoísta.
Continua na ignorância.

Efectivamente, só num teórico quarto nível,
num nível superior a estes 3 primeiros,
se poderia dizer que a ignorância
teria sido vencida...

O quarto nível é o nível da Sabedoria,
do Amor. E neste nível, não há diferenças.

Neste nível,
familiares, amigos e inimigos
são todos iguais.

Na verdade, este quarto nível,
está reservado a muito poucos.

O meu melhor modelo é Jesus Cristo.

Amém.

Mano
Oeiras, 14 de Janeiro de 2019.

2019.01.14

sexta-feira, 9 de março de 2018

Do Cansaço à Liberdade por Pessoa


Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
fonte: Citador


Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

fonte: Citador

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O Dom da Fé


Porto Alegre (Quarta-Feira, 28/11/2012, Gaudium Press)

"O Dom da Fé" é o título do mais recente artigo de dom Dadeus Grings, arcebispo metropolitano de Porto Alegre, no Estado do Rio Grande do Sul. No texto, o prelado afirmou que a humanidade vive do binômio fé e razão: as duas asas que nos levam a Deus.

De acordo com o arcebispo, atualmente existem pesquisas científicas que apontam para a influência da fé e da religiosidade não só no comportamento humano, no plano da moral, mas também na saúde física e mental. "Hoje não só cardiologistas, mas também especialistas em outras doenças e comportamentos humanos, garantem uma influência significativa da fé e da espiritualidade tanto na cura como na prevenção dos desvios de conduta e da saúde", destacou ele.

Dom Dadeus citou ainda dois exemplos para esclarecer um pouco mais essa questão: Pelágio, no tempo do Império romano, que tentou separar fé e graça, e Santo Agostinho, doutor da graça, que insistiu na fé como graça. Agostinho argumentava que se a fé não fosse graça não seria necessário rezar para que os pecadores se convertessem e para que os descrentes acreditassem em Deus. "Bastaria convencê-los com argumentos racionais. Se a verdade fosse apenas resultado de provas apodíticas, dificilmente se conseguiria viver."

Mas não, afirmou o prelado, pois temos na verdade quatro modos de conhecer. Conforme dom Dadeus, o primeiro e fundamental é a consciência. "Cada pessoa tem certeza de existir. Sua subjetividade está fora de discussão. Ele é ele. Não se confunde com nenhum outro. Tem consciência de si e de seus atos", completou. Para o arcebispo, o segundo modo de conhecer é a intersubjetividade.

"Trata-se de um conhecimento que começou a ser aprofundado apenas no século XX. É o conhecimento que temos dos outros, não como objetos a serem pesquisados pelas ciências, mas como sujeitos como nós. Por isso entramos neles e eles entram em nós. Chama-se isto de convivência. A razão não a consegue exprimir em conceitos. Apenas descreve sua realidade como avalista de nossas experiências e conhecimentos. Não são só por palavras, mas principalmente contatos, gestos, expressões do rosto", analisou ele.

Já o terceiro modo de conhecimento, segundo o prelado, vem de longe e considera-se objetivo porque se põe nitidamente diante de um objeto. É o que as ciências fazem e se consideram, por isso, objetivas. "Temos armazenado conhecimentos em tal quantidade que ninguém pessoalmente consegue abranger tudo. Infelizmente nem sempre considera o sujeito que se põe diante do objeto. Na verdade não existe conhecimento objetivo sem sujeito."

Por fim, dom Dadeus refletiu sobre o quarto modo de conhecimento, não inferior aos demais, que é a fé. Ele afirmou que cremos em pessoas, em sujeitos que vivem e experimentam, e colhemos as verdades por testemunhos. O arcebispo enfatizou ainda que a primeira e mais querida pessoa é Jesus Cristo, pois Ele nos revela o Pai, nos traz o Espírito Santo e a Igreja para nos confirmar na fé.

"Conhecer é capacidade. Fé é graça, dada gratuitamente por Deus e acolhida gratuitamente por nós, sem exigências nem incumbências. É como ver. Crer, como ver ou sentir, é bom e nos torna felizes", concluiu o prelado.(FB/JS)

fonte: Gaudium Press

domingo, 4 de novembro de 2012

A Vida de Jesus


O personagem mais fascinante da história da humanidade. Quem foi e como viveu Jesus de Nazaré. O que a história e a arqueologia podem nos dizer sobre seu tempo. O Jesus Histórico é o tema do Canal Livre, que recebe o filósofo Mário Sergio Cortella.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Oração da Serenidade (Reinhold Niebuhr)


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Concedei-nos, Senhor, a serenidade necessária
para aceitar as coisas que não podemos modificar,
coragem para modificar aquelas que podemos
e sabedoria para distinguir umas das outras.
Reinhold Niebuhr
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A Oração da Serenidade foi escrita pelo teólogo protestante Reinhold Niebuhr que viveu de 1892 até 1971 e trabalhava no Union Theological Seminary, nos Estados Unidos da América.

É utilizada por grupos de ajuda mútua, tais como Alcoólicos Anônimos e Neuróticos Anônimos, representando uma síntese dos esforços que devemos desenvolver para vencermos a nós próprios e aprendermos a exercer nossa vontade.

Em sua parte básica, mais conhecida popularmente a oração diz assim:
Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma das outras.

Nessa oração podemos destacar quatro virtudes ou comportamentos básicos essenciais para a aquisição do equilíbrio e da harmonia com o mundo em que vivemos: serenidade, aceitação, coragem e sabedoria.

Serenidade significa paz. No Evangelho de João, capítulo 15, versículo 27 Jesus nos deixou sua paz dizendo:
Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou, não vo-la dou como o mundo dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize.

Diante de sua realidade, o homem pode buscar duas situações: satisfazer suas necessidades considerando como valor as coisas do mundo material, ou colocando seu ponto de vista nos valores do espírito. Podemos então escolher entre buscar a paz do mundo ou construir a paz do Espírito, ou a paz que o Cristo nos deixou.

Ilude-se aquele que busca a paz pela aquisição das coisas materiais: apego, posse, poder, riqueza, prazer, sucesso... As coisas do mundo não estão nunca estiveram nem estarão sob o nosso controle. No mundo vive-se a ilusão do ganho e da perda, existe a necessidade de competir para sobreviver, as dores impõem sofrimentos, desequilíbrio e depressão. A felicidade consiste em breves momentos de trégua em que aparentemente nossos problemas estão resolvidos. Vive-se em contínua preocupação e medo pelo dia de amanhã. No mundo tudo passa.

Conta uma lenda que um rei desejando saber qual era a receita da felicidade mandou chamar um sábio que lhe deu um livro com apenas duas páginas, dizendo:

- Neste livro está inserida toda a receita para a felicidade e o resumo de toda a sabedoria. Quando estiveres aflito, desesperado, pressionado pelo mundo, não encontrando o caminho a ser percorrido abre este livro e leia a primeira página apenas. Assim também, quando estiveres sentindo a necessidade de compartilhar sua alegria e felicidade com o mundo, em função de seus sucessos, abre o livro e lê a segunda página.

Assim foi feito. Certa ocasião, o rei encontrava-se encurralado em batalha com o país vizinho, prestes a perder tudo o que tinha, colocando em risco a sorte de seu povo. Não sabendo o que fazer, lembrou-se do sábio, pegou o livro e leu a primeira página. Lá estava escrito: "Isto passa!"


Enchendo-se de esperança, o rei conseguiu recuperar-se de seu estado depressivo, trabalhou com afinco, deu a volta por cima da adversidade e conseguiu superar a situação, voltando a trazer harmonia para seu povo.

Quando estava feliz por ter conseguido vencer e resgatar a prosperidade de seu povo, desejando compartilhar sua alegria com todos à sua volta, lembrou-se do sábio, pegou o livro e leu a segunda página. Lá estava escrito: "Isto também vai passar!"


Assim também são as coisas do mundo, não estão sob o controle ou domínio dos homens. Tristeza, felicidade, sucesso, fracasso, alegria, tudo passa, tudo se modifica.

Aquele, entretanto, que coloca seu ponto de vista nos valores espirituais, adquire a paz que o Cristo nos deixou. Isto porque, do ponto de vista espiritual não existem problemas, mas oportunidades de aprendizado e conquista. As coisas do Espírito estão sob o controle de cada um, sendo a vida um conjunto de lições a serem aprendidas As dores são conseqüências naturais de nossas escolhas atuais e pretéritas. Construímos hoje nosso dia de amanhã. A justiça Divina está presente em todas as coisas, sendo, pois, a resignação a postura mais recomendada. A luta do homem é para vencer a si próprio, domando suas más inclinações e suas tendências inferiores. Não existem perdas, pois como o Espírito não regride, se ganha sempre.

Ao nos deixar sua paz Jesus nos aconselhou: "Não vos ponhais inquietos pelo dia de amanhã. A cada dia basta o seu mal"(Mateus: 6-34).

A paz espiritual não significa a ausência de problemas ou de obstáculos, mas o reconhecimento de que esses são nossas oportunidades de aprendizado e de iluminação interior. Nesse sentido, a Oração da Serenidade nos apresenta a receita para a felicidade relativa, pois aponta o caminho da paz do Espírito ou da paz do Cristo.

Diante das adversidades, encontramos três tipos de situação:
(1) aquelas que não estão sob nosso controle e, portanto, não podem ser mudadas pelas nossas ações;
(2) aquelas que estão sob nosso controle e só dependem de nós para serem mudadas;
(3) e aquelas que, embora não possamos modificar diretamente, podemos tentar influenciar na mudança.

Do ponto de vista individual o Espírito deve passar por provas e expiações. Nas provas podemos escolher os caminhos, embora não consigamos nos afastar daquilo que nos está determinado experimentar. Nas expiações, nada podemos fazer, a não ser aceitar o que nos é dado viver. Do ponto de vista coletivo, tudo que é do mundo não depende só de nós e, portanto, ocorrem situações que não podemos mudar. Podemos, entretanto, agir de forma a modificar, por influência, comportamentos, leis e posturas coletivas.

Tudo começa, pois, pela aceitação de si mesmo, pelo conhecimento de si próprio, pela luta para vencer a ilusão do orgulho, a vaidade, o egoísmo, o apego e pela decisão de caminhar vivendo as experiências do mundo com sabedoria. A felicidade não é um ponto de chegada, não é um momento fugaz, mas a oportunidade de percorrer o caminho continuamente. Cada instante da vida é, pois um momento de felicidade quando trazemos a paz no Espírito. Nosso mundo é ainda de amor condicional, daí ser a felicidade, aos olhos dos homens, uma coisa passageira.

A paz do mundo é tida como ausência de guerra, ausência de conflitos, mas pelos olhos do mundo vivemos todos com medo. Medo de ser rejeitado, de não ser reconhecido, de errar, de fracassar, de ficar doente, de perder coisas e bens materiais, de perder pessoas amadas, de perder o emprego, de passar por dificuldades financeiras de perder a vida. O sentimento de perda é uma realidade.

Jesus, no entanto, nos deixou a paz, não como o mundo dá, recomendando que não deixássemos turbar o coração nem agasalhássemos o temor em nossas vidas. Todavia, a aceitação das coisas que não podemos mudar não pode ser entendida como um convite para a inércia, pois nosso Espírito está em contínua construção, requerendo as experiências do caminho para a aquisição da felicidade. A vida nos ensina. Vivendo aprendemos a distinguir, sem lamentações, as situações que enfrentamos. Compete-nos a aceitação serena, mas também a ação regeneradora.

Em sua segunda parte, menos conhecida, a Oração da Serenidade nos aponta o caminho, nos aconselha o comportamento para melhor enfrentarmos as situações da vida. Como atingir a serenidade para aceitar, a coragem para agir e a sabedoria para discernir. A oração como um todo nos diz assim:

Concede-me, Senhor, a serenidade necessária para aceitar as coisas que não posso modificar, coragem para modificar as que eu posso e sabedoria para distinguir uma da outra – vivendo um dia de cada vez, desfrutando um momento de cada vez, aceitando as dificuldades como um caminho para alcançar a paz, considerando o mundo pecador como ele é, e não como gostaria que ele fosse, confiando em Deus para endireitar todas as coisas para que eu possa ser moderadamente feliz nesta vida e sumamente feliz contigo na eternidade.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Cristo, testemunho da verdade


A liberdade religiosa está de acordo com o comportamento de Cristo e dos Apóstolos (DH 11)

11. Deus chama realmente os homens a servi-lo em espírito e verdade; eles ficam, por esse facto, moralmente obrigados, mas não coagidos. Pois Deus tem em conta a dignidade da pessoa humana, por Ele mesmo criada, a qual deve guiar-se pelo próprio juízo e agir como liberdade. Isto apareceu no mais alto grau em Jesus Cristo, no qual Deus Se manifestou perfeitamente, e deu a conhecer os seus desígnios. Com efeito, Cristo, nosso Mestre e Senhor (12), manso e humilde de coração (13), atraiu e convidou com muita paciência os seus discípulos (14). Apoiou e confirmou, sem dúvida, com milagres, a sua pregação; mas para despertar e confirmar a fé dos ouvintes, e não para exercer sobre eles qualquer coacção (15). Censurou, é verdade, a incredulidade dos ouvintes, mas reservando para Deus o castigo, no dia juízo (16). Ao enviar os Apóstolos pelo mundo, disse-lhes: «aquele que acreditar e for baptizado, será salvo; quem não acreditar, será condenado» (Marc. 16,16). Mas Ele próprio, sabendo que a cizânia tinha sido semeada juntamente com o trigo, mandou deixar que ambos crescessem até à ceifa que terá lugar no fim das tempos (17). Não querendo ser um Messias político e dominador pela força (18), preferiu chamar-se Filho do homem, que veio «para servir e dar a sua vida para redenção de muitos» (Marc. 10, 45). Apresentou-se como o perfeito Servo de Deus (19), que «não quebra a cana rachada, nem apaga a mecha fumegante» (Mat. 12, 20). Reconheceu a autoridade civil e seus direitos, mandando dar o tributo a César, mas lembrando claramente que se deviam observar os direitos superiores de Deus: «dai, pois, a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus» (Mat. 22, 21). Finalmente, realizando na cruz a obra da redenção, com a qual alcançava para os homens a salvação e verdadeira liberdade, completou a sua revelação. Pois deu testemunho da verdade (20), mas não a quis impor pela força aos seus contraditores. O seu reino não se defende pela violência (21) mas implanta-se pelo testemunho e pela audição da verdade; e cresce pelo amor com que Cristo, elevado na cruz, a Si atrai todos os homens (22).

Os Apóstolos, ensinados pela palavra e exemplo de Cristo, seguiram o mesmo caminho. Desde os começos da Igreja, os discípulos de Cristo esforçaram-se por converter os homens a Cristo Senhor, não com a coacção ou com artifícios indignos do Evangelho, mas primeiro que tudo com a força da palavra de Deus (23). A todos anunciavam com fortaleza a vontade de Deus Salvador «o qual quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade» (1 Tim. 2, 4); ao mesmo tempo, respeitavam os fracos, mesmo que estivessem no erro, mostrando assim como «cada um de nós dará conta de si a Deus» (Rom. 14, 12) (24) e, nessa medida, tem obrigação de obedecer à própria consciência. Como Cristo, os Apóstolos sempre se dedicaram a dar testemunho da verdade de Deus, ousando proclamar diante do povo e dos chefes «com desassombro, a palavra de Deus» (Act. 4, 31) (25). Pois acreditavam firmemente que o Evangelho é a força de Deus, para salvação de todo o que acredita (26). E assim é que, desprezando todas as «armas carnais» (27), seguindo o exemplo de mansidão e humildade de Cristo, pregaram a palavra de Deus (28) com plena confiança na sua força para destruir os poderes opostos a Deus e para trazer os homens à fé e obediência a Cristo (29). Como o Mestre, também os Apóstolos reconheceram a legítima autoridade civil: «Não há nenhum poder que não venha de Deus», ensina o Apóstolo, que depois manda: «cada um se submeta às autoridades constituídas; ...quem resiste à autoridade, rebela-se contra a ordem estabelecida por Deus» (Rom. 13, 1-2) (30). Ao mesmo tempo, não temeram contradizer o poder público que se opunha à vontade sagrada de Deus: «deve-se obedecer antes a Deus do que aos homens» (Act. 5, 29) (31). Inúmeros mártires e fiéis seguiram, no decorrer dos séculos e por toda a terra, este mesmo caminho.
in DECLARAÇÃO DIGNITATIS HUMANAE
SOBRE A LIBERDADE RELIGIOSA

__________________________________
12. Cfr. Jo. 13,13.
13. Cfr. Mat. 11,29.
14. Cfr. Mat. 11, 28-30; Jo. 6, 67-68.
15. Cfr. Mat. 9, 28-29; Mc. 9, 23-24; 6, 5-6; Paulo VI, Encíclica Ecclesiam suam, 6 agosto 1964: AAS 56 (1964), 642-643 p. 642-643.
16. Cfr. Mat. 11, 20-24; Rom. 12, 19-24; 2 Tes. 1, 8.
17. Cfr. Mat. 13,30 e 40-42.
18. Cfr. Mat. 11, 8-10; Jo. 6,15.
19. Cfr. Is. 42, 1-4.
20. Cfr. Jo. 18.37.
21. Cfr. Mat. 26, 51-53; Jo. 18,36.
22. Cfr. Jo. 12,32.
23. Cfr. 1 Cor. 2, 3-5; 1 Tes. 2, 3-5.
24. Cfr. Rom. 14, 1-23; 1 Cor. 8, 9-13; 10, 23-33.
25. Cfr. Ef. 6, 19-20.
26. Cfr. Rom. 1,16.
27. Cfr. 2 Cor. 10,4; 1 Tes., 5, 8-9.
28. Cfr. Ef. 6, 11-17.
29. Cfr. 2 Cor. 10, 3-5.
30. Cfr. 1 Ped. 2, 13-17.
31. Cfr. Act. 4, 19-20.

domingo, 22 de novembro de 2009

Jesus Cristo - Rei do Universo

PAPA NO ANGELUS:
"CRISTO É UM REI QUE DOMINA COM AMOR E ESPERANÇA"

Cidade do Vaticano, 22 nov (RV) - Bento XVI rezou a oração mariana do Angelus, deste domingo, Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo, na Praça São Pedro, onde o aguardavam vários fiéis e peregrinos.

O Santo Padre ressaltou que o título de rei atribuído a Jesus é muito importante nos Evangelhos e dá uma leitura completa de sua pessoa e sua missão de salvação. Da expressão rei dos judeus, se chega ao título Cristo, Rei do Universo, Senhor do cosmo e da história.

O papa frisou que "no centro deste percurso de revelação da realeza de Jesus Cristo está mais uma vez o mistério de sua morte e ressurreição. Enquanto Filho de Deus, Jesus se entregou livremente à paixão, que significa a vitória do amor de Deus Pai sobre a desobediência do pecado. É oferecendo-se no sacrifício de expiação que Jesus se torna o Rei do Universo, como ele mesmo declara aparecendo aos apóstolos depois da ressurreição."

O papa explicou que o poder real de Jesus não é o poder dos reis e dos grandes deste mundo. É o poder divino que doa a vida eterna, que liberta do mal e vence o domínio da morte. "É o poder do amor, que sabe extrair o bem do mal, comover o coração endurecido, levar a paz onde existe conflito, acender a esperança onde não tem luz. Este Reino de Graça não se impõe, mas respeita sempre a nossa liberdade. Cristo veio para dar testemunho da verdade" – disse o pontífice.

O Santo Padre ressaltou ainda a necessidade de que cada pessoa faça uma escolha. A quem devo seguir? Deus ou o maligno? A verdade ou a mentira? "Escolher Jesus Cristo não garante sucesso segundo os critérios do mundo, mas garante aquela paz e alegria que somente Ele pode dar" – frisou o papa.

Bento XVI afirmou que esta paz doada por Jesus foi vivida por homens e mulheres que, em nome de Cristo, em nome da verdade e da justiça, se opuseram aos poderes do mundo, pagando com o martírio a sua fidelidade a Cristo.

O papa sublinhou que Maria compreendeu o novo gênero da realeza de Cristo ouvindo suas palavras e participando do mistério de sua morte e ressurreição, e concluiu pedindo a Nossa Senhora para que nos ajude a seguir Cristo, Rei do Universo e testemunhá-lo em nossa vida. (MJ)
in http://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/Articolo.asp?c=336467