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terça-feira, 25 de abril de 2023

Feliz dia da Liberdade

O sentido da Liberdade é algo que ainda não foi entendido pela Humanidade. Sobre o conceito de Liberdade, lutando sempre de forma mais ou menos equivocada, cometeram-se erros gravíssimos.


Certamente luta-se por uma palavra, tiram-se deduções absurdas, cometem-se atropelos de todo tipo e derrama-se sangue nos campos de batalha. A palavra Liberdade é fascinante, todo mundo gosta, no entanto, não se tem verdadeira compreensão sobre a mesma, existe confusão em relação a esta palavra.


Não é possível encontrar uma dúzia de pessoas que definam a palavra Liberdade da mesma forma e do mesmo modo. O termo Liberdade, de modo algum seria compreensível para o racionalismo subjetivo. Cada um tem sobre este termo ideias diferentes: opiniões subjetivas das pessoas desprovidas de toda realidade objetiva. Ao pleitear-se a questão Liberdade, existe incoerência, imprecisão, incongruência em cada mente. Tenho certeza que nem sequer o senhor Emanuel Kant, o autor da Crítica da Razão Pura, e da Crítica da Razão Prática, jamais analisou esta palavra para dar-lhe o sentido exato.


Liberdade, bela palavra, belo termo: Quantos crimes foram cometidos em seu nome! Inquestionavelmente, o termo liberdade hipnotizou a multidão; as montanhas e os vales, os rios e os mares se tingiram com sangue ao conjuro desta palavra mágica. Quantas bandeiras, quanto sangue e quantos heróis apareceram ao longo da História, cada vez que sobre o tapete da vida foi colocada a questão Liberdade. 


Desafortunadamente, depois de toda independência conseguida a tão alto preço, a escravidão continua dentro de cada pessoa. Quem é livre? Quem conseguiu a famosa liberdade? Quantos se emanciparam? Ai, ai, ai!


O adolescente anseia por liberdade; parece inacreditável que muitas vezes tendo pão, abrigo, e refúgio, queira fugir da casa paterna em busca de liberdade. É incongruente que o jovenzinho que tem tudo em casa, queira evadir-se, fugir, afastar-se de seu lar, fascinado pelo termo liberdade.


É estranho que gozando de todo tipo de comodidades no lar ditoso queira perder o que se tem, para viajar por essas terras do mundo e submergir-se na dor. Que o desventurado, o pária da vida, o mendigo, anseie de verdade afastar-se do casebre, da cabana, com o propósito de obter alguma mudança melhor, é correto; mas que a criança de bem, o filhinho da mamã, busque escapatória, fuga, é incongruente e até absurdo; mas isto é assim; a palavra Liberdade fascina, enfeitiça, embora ninguém saiba defini-la de forma precisa.

(...)

Enquanto a consciência, a essência, o mais digno e decente que temos em nosso interior, continue engarrafado no si mesmo, no mim mesmo, no eu mesmo, em minhas vontades e temores, em meus desejos e paixões, em minhas preocupações e violências, em meus defeitos psicológicos; estar-se-á em formal prisão. O sentido de Liberdade somente pode ser compreendido integralmente quando tiverem sido aniquilados os grilhões de nossa própria prisão psicológica. Enquanto o “eu mesmo” existir a consciência estará presa; evadir-se do cárcere só é possível mediante a aniquilação budista, dissolvendo o eu, reduzindo-o a cinzas, a poeira cósmica.


A consciência livre, desprovida de eu, na ausência absoluta do mim mesmo, sem desejos, sem paixões, sem apetites nem temores, experimenta de forma direta a verdadeira Liberdade. Qualquer conceito sobre Liberdade não é Liberdade. As opiniões que formemos sobre a Liberdade se distanciam muito de ser a Realidade. As ideias que forjamos sobre o tema Liberdade, nada têm a ver com a autêntica Liberdade. A liberdade é algo que temos que experimentar de forma direta, e isto somente é possível morrendo psicologicamente, dissolvendo o eu, acabando para sempre com o mim mesmo.


De nada serviria continuar sonhando com a Liberdade, se de todas as maneiras prosseguimos como escravos. Mais vale ver-nos a nós mesmos, tal como somos, observar cuidadosamente todos estes grilhões da escravidão que nos mantém presos. Autoconhecendo-nos, vendo o que somos interiormente, descobriremos a porta da autêntica Liberdade.


A Grande Rebelião

Samael Aun Weor

via WhatsApp/Mário Lima



Sempre bom lembrar…

particularmente no dia de hoje!

 

sábado, 21 de janeiro de 2023

demasiadas coisas…

A nossa vida está carregada de coisas. Demasiadas coisas. 


Obstáculos que se veem e que não se veem, mas que nos fazem caminhar esmagados pelo seu peso. Com o passar do tempo urdimos em torno da vida uma teia quase invisível de pequenas prisões, de círculos sem saída que implodem a nossa liberdade, de ínfimas concessões aparentemente insignificantes, mas que, amontoadas, prendem por muito tempo as nossas asas com cruéis alfinetes. E damos por nós, por exemplo, hipotecados ao materialismo mais primário, com a única preocupação de fazer crescer o aprovisionamento do nosso celeiro. Ou reféns de um vazio crescente que nos dinamita por dentro. Não conseguimos já levantar voo. 


Queremos controlar os detalhes da vida, moldá-la à nossa ambição estreita, retê-la, como se isso estivesse na nossa mão. E, com isso, não enxergamos a lição fundamental: que a lei mais profunda da vida se acolhe no paradoxo do amor. Quando entrego a vida como dom é que ela se multiplica. Quando me abandono é que me encontro. Quando digo «a minha vida é tua» é que ela me pertence verdadeiramente. 


A vida será uma aventura fecunda se estivermos seguros desse amor. 


~José Tolentino Mendonça

'O Pequeno Caminho das Grandes Perguntas'

José Tolentino Mendonça 


sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

sobre a Liberdade

 

Não alcançamos a liberdade 

buscando a liberdade, 

mas sim a verdade. 

A liberdade não é um fim, 

mas uma consequência.

Tolstói




domingo, 25 de abril de 2021

Eu não sou livre

António Rodrigues

Eu não sou livre

Não!

Eu não sou livre 

nem quero ser, 

porque deixei-me prender 

na doçura do teu olhar!

Tu és um mar 

que me prende, 

que me rende,

que me amordaça

a cada dia que passa! 


Não!

Eu não sou livre 

estou preso a ti, 

rendido a ti, 

ao teu encanto 

e gosto tanto 

desta prisão!

Aprisionado, meu coração 

bate ao ritmo do teu, 

o teu amor me prendeu 

e me prende a cada instante 

tornando o meu olhar brilhante,

tornando-me de ti escravo!

Não, hoje não quero um cravo,

colho uma rosa encarnada 

para perfumar a tua chegada! 


Não!

Eu não sou livre 

nem quero ser, 

pois só para ti quero viver!


25 de Abril de 2021

Dia da liberdade

António Rodrigues

terça-feira, 7 de julho de 2020

triste desumanidade


triste desHumanidade esta
que, entre ditadores
e seus bajuladores,
adora o deus do dinheiro
e do poder,
acima do Amor,
da Liberdade
e da Verdade...!
Mano Oeiras, 7 de Julho de 2020

sexta-feira, 22 de maio de 2020

Liberdade

O "vício" é uma das maiores
"prisões" deste mundo...
🙏
Libertação é cortar essa
e outras amarras! 🥰

fonte: mural DHP

Nota:
Hoje sonhei com o Fernando Melo (rodinhas) e com o César da São.
A Pipa contou-me o sonho da Kika...

domingo, 17 de novembro de 2019

Pai, a minha liberdade está unicamente em Ti

I did not understand what made me free,
nor what my freedom is, 
nor where to look to find it. 
Father, 
I have searched in vain 
until I heard Your Voice directing me. 
Now I would guide myself no more. 
For I have neither made nor understood 
the way to find my freedom. 
But I trust in You. 
You Who endowed me with my freedom 
as Your holy Son will not be lost to me. 
Your Voice directs me, 
and the way to You is opening 
and clear to me at last. 
Father, 
my freedom is in You alone. 
Father, 
it is my will that I return.
❤️💚💙

domingo, 12 de maio de 2019

Olá Mano Livre


Recordo os dias em que o mano deu os seus primeiros passos,
em que recordou a sua liberdade perdida.

Perdida no sonho,
mas não no Mundo Verdadeiro.
A Liberdade que hoje reclamo.
A Liberdade que Agora vivo.
A Liberdade que tenho.

A Liberdade que Eu Sou.

"Liberta o passado daquilo que pensavas anteriormente. 
Liberta o futuro de todos os antigos pensamentos de busca 
do que não queres achar."
fonte: Um Curso Em Milagres (Lição 132)

Mano
Oeiras, 12 de Maio de 2019.


💖💚💙
 

quinta-feira, 25 de abril de 2019

Hoje alguém parou para sentir?


A Liberdade

Faz hoje 45 anos que decidimos mudar.
Eu tinha 9 anos na altura.

Conseguimos muitas coisas mas perdemos outras.
A vida deste mundo é feita de ganhos e perdas.

Mas a Vida não tem perdas, nem ganhos.
A Vida é só Despertar.

Alguém parou hoje para sentir?

Eu parei.

Eu parei quando ouvi que mais um Ciclone
se dirigia para Moçambique.

Eu parei quando vi tanta criança aos pulos
na Bounce Party a que fui hoje com a Clara.

Eu parei quando li a notícia
daquele jovem pediatra Espanhol, Antonio Cepillo,
conhecido no hospital como "o Capitão Óptimista"
que distribuía sorrisos mas morreu de cancro
no passado dia 2 de Abril.

Eu parei quando recordei as dores do meu passado
e numa fogueira Xamânica intensa as enterrei
nos confins da Terra.

Eu parei quando olhei para o futuro
e, ao ritmo de Imagine de John Lennon,
vivi num mundo em Paz.

Eu parei quando olhei nos olhos
daquele senhor desconhecido
que hoje me cruzou 3 vezes.
Sem destino. Sem um sorriso.

Eu parei quando ouvi os discursos eloquentes
que hoje foram feitos
na Assembleia da República.

Eu parei quando hoje liguei à minha mãe.

Eu parei quando escrevi este texto.

Eu paro agora.
:)

Um abraço sentido,
Mano.

Oeiras, 25 de Abril de 2019.



sexta-feira, 9 de março de 2018

Do Cansaço à Liberdade por Pessoa


Cansaço

O que há em mim é sobretudo cansaço —
Não disto nem daquilo,
Nem sequer de tudo ou de nada:
Cansaço assim mesmo, ele mesmo,
Cansaço.

A subtileza das sensações inúteis,
As paixões violentas por coisa nenhuma,
Os amores intensos por o suposto em alguém,
Essas coisas todas —
Essas e o que falta nelas eternamente —;
Tudo isso faz um cansaço,
Este cansaço,
Cansaço.

Há sem dúvida quem ame o infinito,
Há sem dúvida quem deseje o impossível,
Há sem dúvida quem não queira nada —
Três tipos de idealistas, e eu nenhum deles:
Porque eu amo infinitamente o finito,
Porque eu desejo impossivelmente o possível,
Porque quero tudo, ou um pouco mais, se puder ser,
Ou até se não puder ser...

E o resultado?
Para eles a vida vivida ou sonhada,
Para eles o sonho sonhado ou vivido,
Para eles a média entre tudo e nada, isto é, isto...
Para mim só um grande, um profundo,
E, ah com que felicidade infecundo, cansaço,
Um supremíssimo cansaço,
Íssimo, íssimo, íssimo,
Cansaço...

Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
fonte: Citador


Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...

Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.

Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!

Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,

Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.

Mais que isto
É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"

fonte: Citador

sábado, 29 de setembro de 2012

Mudar é possível !?

Sempre me orgulhei da minha flexibilidade mas não me refiro à flexibilidade física que não é grande coisa. Refiro-me à flexibilidade mental. Sempre julguei que me conseguia adaptar facilmente a novas situações, a novos desafios. E pensava que assim era por ter, ao longo da minha vida profissional, mudado bastantes vezes de equipa de trabalho, por não me acomodar à rotina, por procurar sempre novas formas de fazer as coisas, por questionar sempre os procedimentos e as causas dos diferentes problemas com que me deparava. Mas devo confessar que, nos últimos tempos e talvez por estar a ficar mais velho (fiz ontem 47 anos), me tenho apercebido que, afinal, não sou assim tão flexível. Na maior parte das vezes em que julguei que mudava, apenas me enganei a mim próprio mantendo muitas das minhas prisões. Vou dar um exemplo:

Em determinada fase da minha vida que considero a minha “Idade Média”, a minha fase mais negra, fumei. Fumava um maço de tabaco por dia mas nunca muito mais do que isso. Fumei durante cerca de 10 anos e quando deixei de o fazer, no dia 25 de Abril de 1995, foi para nunca mais tocar num cigarro. Ainda hoje não me permito tocar num cigarro, vendo o tabaco como uma doença. Para mim é isso que o tabaco representa, embora conheça bastantes pessoas que fumam e que eu considero como bastante equilibradas e saudáveis.
(foto adicionada em 2022.08.24)
O meu irmão com a minha mãe no sul de França,
usando uma t-shirt com a inscrição: "Sou livre não fumo".

Um dos meus maiores orgulhos foi ter conseguido deixar de fumar. Incomodava-me ver o alcatrão sair no muco escuro pelo meu nariz. Tenho sinusite/rinite e o tabaco nunca foi grande ajuda. Admito que passar a sentir os pulmões limpos, leves e libertar-me daquele cheiro pesado foi uma das minhas maiores vitórias e alegrias. Mas sabem uma coisa? Ainda hoje dou comigo a fumar sem cigarro. Ainda hoje me pergunto: porque não fumo apenas um? E sei a resposta: porque não posso! Eu ainda sou doente. Ainda não reconquistei o equilíbrio. Ainda não conquistei a minha liberdade. Mas também é para isso que cá ando…

Existe um equilíbrio que cada um tem de encontrar dentro de si. É aquele equilíbrio que encontramos após uma boa meditação. É aquela tranquilidade que encontramos na Oração, numa visita ao Sacrário. É isso mesmo: o meu substituto para o tabaco foi a Religião (no sentido da busca de Deus – religare). É um facto que acredito estar melhor agora do que quando fumava mas ainda não encontrei a Liberdade; encontrei um caminho para a alcançar. Por enquanto continuo preso mas ainda não desisti de procurar a cura final. Uma coisa é importante: a responsabilidade pelo meu estado é minha e não do processo que escolhi para me curar!

Por isso vou continuar pedindo:
Jesus, tem piedade de mim!
Jesus, cura-me!
Jesus, salva-me!
Jesus, liberta-me!

Lembrei-me agora de uma frase que li algures e que diz aproximadamente o seguinte:
Existem 3 Filipes. O Filipe que eu julgo que sou, o Filipe que os outros julgam que eu sou e aquele que realmente Eu Sou. São 3 pessoas diferentes mas é na medida em que estas 3 versões se aproximam entre si que aumenta a coerência e o equilíbrio de cada um. Acrescento também ser minha convicção pessoal que todos partilhamos uma essência comum e Divina.

Peço hoje a Deus, no dia seguinte ao meu aniversário, que me ajude a mudar. E peço a Deus que me ajude a ser uma pessoa melhor, mais coerente com a minha essência Divina, com aquilo que de melhor existe em mim. Peço a Deus que este meu propósito sirva, não apenas a minha felicidade pessoal mas também daqueles que me rodeiam, dos meus familiares mais próximos, dos meus amigos e de todas as pessoas com quem me cruzo ao longo da vida.

Peço a Deus, que me dê o discernimento e a força para quebrar as amarras que criei ao longo destes anos. Peço a Deus que me ajude a destruir essas amarras que me limitam, que não me permitem mudar e Ser Maior.

Obrigado,
Manuel Filipe Santos
Oeiras, 29 de setembro de 2012.