Mostrar mensagens com a etiqueta Quaresma. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Quaresma. Mostrar todas as mensagens
quarta-feira, 21 de fevereiro de 2024
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023
O melhor jejum para a quaresma
• Jejum de palavras negativas e dizer palavras bondosas;
• Jejum de descontentamento e encher-se de gratidão;
• Jejum de raiva e encher-se com mansidão e paciência;
• Jejum de pessimismo e encher-se de esperança e otimismo;
• Jejum de preocupações e encher-se de confiança em Deus;
• Jejum de queixas e encher-se com as coisas simples da vida;
• Jejum de tensões e encher-se com orações;
• Jejum de amargura e tristeza e encher o coração de alegria;
• Jejum de egoísmo e encher-se com compaixão pelos outros;
• Jejum de falta de perdão e encher-se de reconciliação;
• Jejum de palavras e encher-se de silêncio para ouvir os outros.
Nuno Westwood |
quarta-feira, 2 de março de 2022
Quaresma
Etiquetas:
#cardealtolentinomendonça,
#quaresma,
Conferência Vicentina Nossa Senhora das Graças,
Jesus,
José Tolentino de Mendonça,
Quaresma
quarta-feira, 6 de março de 2019
Cinzas
Dá fé ao teu irmão,
pois a fé e a esperança e a misericórdia
são tuas para serem dadas.
A dádiva é dada às mãos que dão.
Olha para o teu irmão e vê nele a dádiva de Deus
que queres receber.
É quase Páscoa, o tempo da ressurreição.
UCEM-T-19.IV.D.17:1-4
Obrigado Francisco
sábado, 31 de março de 2012
quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012
Uma caixa talvez, um tempo no horário
Começamos hoje, Quarta-Feira de Cinzas, a Quaresma de 2012.
Diante de nós, um tempo único.
Dias de oração,
dias de jejum,
dias de esmola.
Há alguns anos, num tempo também de crise, na nossa paróquia, foi-nos proposto um gesto muito concreto - nas sextas-feiras da Quaresma comeríamos só sopa.
Aderimos com entusiasmo, o meu marido e eu. Aos filhos contámos sem qualquer imposição. Mas aderiram também.
Pusemos uma caixa na sala e nela cada um ía colocando a sua renúncia.
Gestos simples. Uma caixa. Uma palavra.
Senhor, que neste dia inicial, o nosso jejum se transforme na partilha concreta que ensinaste.
Que os nossos passos se dirijam ao canto recolhido da Tua Palavra,
num tempo talvez marcado num horário.
Que a oração tudo perfume e tudo envolva.
Que esta Quarta-feira de Cinzas
seja, Senhor, Quarta-feira de Cinzas para toda a nossa vida.
Maria Teresa Frazão
fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
Diante de nós, um tempo único.
Dias de oração,
dias de jejum,
dias de esmola.
Há alguns anos, num tempo também de crise, na nossa paróquia, foi-nos proposto um gesto muito concreto - nas sextas-feiras da Quaresma comeríamos só sopa.
Aderimos com entusiasmo, o meu marido e eu. Aos filhos contámos sem qualquer imposição. Mas aderiram também.
Pusemos uma caixa na sala e nela cada um ía colocando a sua renúncia.
Gestos simples. Uma caixa. Uma palavra.
Senhor, que neste dia inicial, o nosso jejum se transforme na partilha concreta que ensinaste.
Que os nossos passos se dirijam ao canto recolhido da Tua Palavra,
num tempo talvez marcado num horário.
Que a oração tudo perfume e tudo envolva.
Que esta Quarta-feira de Cinzas
seja, Senhor, Quarta-feira de Cinzas para toda a nossa vida.
Maria Teresa Frazão
fonte: Oração da Manhã (Rádio Renascença)
sexta-feira, 11 de março de 2011
O emaranhado interior (Oração da Manhã - RR)
O dia a dia, na voracidade dos compromissos, das exigências e obrigações, absorve-nos de tal modo na res publica, que acabamos por atrofiar o espaço interior, por falta de uso, diria.
Desabituamo-nos de caminhar por nós adentro; de repousar nos recantos mais serenos do mundo interior e de olhar de frente as montanhas e os precipícios, as tempestades e as bonanças, que tantas vezes nos fazem quase desfalecer.
Esta é a “condição humana”: frente e verso, direito e avesso. Este é o nosso modo de ser terreno: uma árvore, cujos ramos, pequenos e grandes, jovens ou idosos, se estendem pelo tempo e pelos espaços fora e cujas raízes se desenvolvem no interior de cada um; raízes que se aprofundam por nós adentro, que se emaranham, que dão consistência interior.
De mansinho entrámos num tempo especial para os cristãos, um tempo litúrgico sempre novo, sempre tempo para além do “comum”. Quarenta dias, não são pouca coisa. Quarenta dias e quarenta noites em que as noites e os dias nos convidam, na sua sucessão ininterrupta, a viajar por dentro, a procurar mais intensamente o íntimo e ousar olhar o emaranhado interior; ousar levar-lhe um pouquinho de luz.
Isabel Varandain Oração da Manhã (RR) 10 de Março
quarta-feira, 9 de março de 2011
Quarta-Feira de Cinzas 2011 / Início da Quaresma
Quaresma NÃO é um tempo "chato",
com imposições!
Quaresma é a alegria
de escancarar as portas da nossa vida
para que Deus limpe ... nosso coração.
domingo, 28 de fevereiro de 2010
2º Domingo da Quaresma (Lucas 9,28b-36)
Naquele tempo, Jesus levou consigo Pedro, João e Tiago, e subiu à montanha para rezar. Enquanto rezava, seu rosto mudou de aparência e sua roupa ficou muito branca e brilhante.
Eis que dois homens estavam conversando com Jesus: eram Moisés e Elias. Eles apareceram revestidos de glória e conversavam sobre a morte, que Jesus iria sofrer em Jerusalém.
Pedro e os companheiros estavam com muito sono. Ao despertarem, viram a glória de Jesus e os dois homens que estavam com ele.
E, quando estes dois homens se iam afastando, Pedro disse a Jesus: “Mestre, é bom estarmos aqui. Vamos fazer três tendas: uma para ti, outra para Moisés e outra para Elias”. Pedro não sabia o que estava dizendo.
Ele estava ainda falando, quando apareceu uma nuvem que os cobriu com sua sombra. Os discípulos ficaram com medo ao entrarem dentro da nuvem.
Da nuvem, porém, saiu uma voz que dizia: “Este é o meu Filho, o Escolhido. Escutai o que ele diz!”
Enquanto a voz ressoava, Jesus encontrou-se sozinho. Os discípulos ficaram calados e naqueles dias não contaram a ninguém nada do que tinham visto.
- Palavra da Salvação.
- Glória a vós, Senhor.
+++
in Liturgia Diária (Canção Nova)
+++
+++
Para que foi inventada uma Quaresma?
O diálogo surgiu pouco depois da missa, à saída da Igreja, num a propósito destas coisas da quaresma. Estávamos umas cinco pessoas a falar do que era antigamente e do que era hoje. No que eram os hábitos antigos do não comer carne ou do não comer verduras no dia de ramos, no que era a bula e as amentações das almas. Uma série de coisas que a Igreja sempre nos propôs, senhor padre. Que sentido têm essas coisas? Para que foi inventada uma quaresma? Expliquei primeiro o significado dos quarenta dias de deserto antes da Páscoa. Falei depois no maior acontecimento para o sentido da vida de quem tem fé. A Ressurreição. Que não era coisa para banalizar, ou para ter como mais uma tradição bonita da nossa Igreja. Que a Quaresma era uma ocasião para tornarmos especial esse acontecimento. Que era uma ocasião para nos encontrarmos com o sentido da nossa vida. Aproveitando a situação que se vive da famosa crise que vai entrando nos bolsos de todos, falei na oportunidade que esta quaresma de 2009 pode ser para todos. Porque aquilo que nos é aconselhado nesta época litúrgica, tal como o Jejum e abstinência, esmola, sacrifícios, oração, penitência, leitura da Palavra de Deus, austeridade nas igrejas e cerimónias com ausência de flores, Glória, Aleluia, entre outros, minhas amigas, servem um propósito apenas: encontrarmo-nos connosco próprios em confronto com um Cristo ressuscitado, um encontro com o essencial da vida desprendido de embrulhos, um reencontrarmo-nos com os valores essenciais para vivermos rumo à felicidade e ao sentido da vida. Se repararem bem, disse, tudo o que nos é aconselhado ajuda a rebuscarmos alguns valores que dão mais sentido à vida. O desprendimento, a partilha, a solidariedade, a austeridade, o poder do sacrifício entre outros. Tudo o que envolve a Quaresma pode ajudar-nos a redescobrir as coisas essenciais que são deveras importantes e imprescindíveis para se viver com sentido. Serve ainda para prepararmos a nossa libertação, aquilo que chamamos de Páscoa. Por isso, amigas, usem e abusem da Quaresma para encontrar a vossa verdadeira vida, aquilo que lhe dá sabor. E que esta Quaresma de 2009 seja uma oportunidade para fazermos Páscoa na nossa vida e nesta época histórica.
Não sei se elas entenderam. Mas pelo menos não me fizeram mais perguntas. Talvez as tenham feitas a elas próprias depois.
Tu és JesusNão sei se elas entenderam. Mas pelo menos não me fizeram mais perguntas. Talvez as tenham feitas a elas próprias depois.
Como entregar minha vida por ti
Como tu fizeste por mim
Como agradecer o sacrifício na cruz
Como expressar minha gratidão
Tu és o amante da minha vida
Tu és a beleza que me conquistou
Tu és minha força na minha fraqueza
E teu é o sangue que escorreu por mim
Como poderei esquecer-me de ti.
Tu És Jesus, Tu És Jesus
E Tua é a mão que acolheu meu coração
Tão grato estou, tão grato estou
Tão grato estou por terer me dado a salvação
+++
sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010
A Quaresma e as calças
Quando Luísa viu aquele par de calças, foi amor à primeira vista. Acabara de assistir à Missa dominical e, cumprindo uma antiga rotina, fora tomar a bica do costume no café da praxe, ali mesmo no centro comercial, a meio caminho entre a sua casa e a igreja paroquial.
Na homilia, por sinal, o Padre Sérgio tinha falado da Quaresma, aconselhando a prática da mortificação cristã, nomeadamente o jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e a abstinência todas as sextas-feiras. Incomodara-a aquela abordagem, que lhe pareceu anacrónica e até um pouco disparatada: que tem Deus a ver com a ementa do almoço ou do jantar?! Que relação há entre o bem da alma e a qualidade do menu?! Na realidade, parecia-lhe tão improcedente o convite à penitência como lhe resultaria despropositado que, por absurdo, o seu médico lhe receitasse duas Avé Marias antes de cada refeição!
O namoro com aquele trapo de estimação não durou muito pois, com medo de que qualquer eventual cliente se lhe antecipasse, Luísa foi logo no dia seguinte à boutique comprar aquelas calças que a tinham fascinado. É verdade que o preço não era convidativo, mas era um investimento – desculpou-se – pois, decerto, mais tarde seriam ainda mais caras. Voltou para casa tão satisfeita consigo mesmo que nem reparou no mendigo que lhe estendera a mão, numa atitude de humilde súplica, e que, ao contrário de outras vezes, não teve a esmola costumeira, nem outra resposta do que a indiferença da sua precipitação.
Chegar a casa e experimentar a compra foi tudo um: desembrulhou com cuidado o presente que magnanimamente se concedera, retirou as etiquetas e vestiu finalmente as calças. O tecido era macio e parecia de boa qualidade, a altura era a ideal e a cor não podia ser mais o seu género. Mas, quando tentou abotoar as calças, não o conseguiu. Repetiu a operação uma e outra vez, contraindo-se o mais que podia, mas a verdade é que a cintura estava muito apertada e, por mais que se esforçasse, o botão fugia à respectiva casa com uma teimosia tão irritante que Luísa impacientou-se. A diferença era apenas de 1,5 centímetros, mas era o suficiente para que as calças não lhe servissem e, como na loja não havia nenhum número maior, resignou-se à rigorosa dieta que se impunha: para grandes males, grandes remédios!
Foram dias a fio de sacrifícios, alimentando-se apenas de sopas, frutas, legumes e iogurtes magros, mas cada milímetro a menos pesava uma tonelada de dolorosas privações, que Luísa padecia estoicamente, por amor às calças.
Foi num dia de chuva que, ao atravessar a rua apressadamente, Luísa foi colhida por um táxi a grande velocidade. A brutalidade do choque, que a projectou a vários metros de distância, teve o efeito imediato de lhe produzir um sério traumatismo craniano, que a induziu num estado comatoso. Era confusa a sua percepção: sentia dores, mas parecia-lhe que não eram dela, embora fossem do seu organismo. Notou vagamente a azáfama dos populares, polícias, maqueiros, enfermeiros e médicos à sua volta, mas o torpor do seu corpo desfeito foi progressivamente alienando-a de tudo o que a rodeava e que lhe parecia cada vez mais longínquo. O seu último pensamento foi para as suas calças novas, que estreava.
Depois, viu-se definitivamente desprendida da sua materialidade e atraída pela misteriosa luz de um outro mundo. Mas quando se dispôs a cruzar o limiar da eternidade, Luísa não o conseguiu: por 1,5 centímetros a sua alma não coube na porta estreita que conduz à Vida.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
24 de Fevereiro
in http://o-povo.blogspot.com/2010/02/quaresma-e-as-calcas.html
Na homilia, por sinal, o Padre Sérgio tinha falado da Quaresma, aconselhando a prática da mortificação cristã, nomeadamente o jejum na quarta-feira de cinzas e na sexta-feira santa, e a abstinência todas as sextas-feiras. Incomodara-a aquela abordagem, que lhe pareceu anacrónica e até um pouco disparatada: que tem Deus a ver com a ementa do almoço ou do jantar?! Que relação há entre o bem da alma e a qualidade do menu?! Na realidade, parecia-lhe tão improcedente o convite à penitência como lhe resultaria despropositado que, por absurdo, o seu médico lhe receitasse duas Avé Marias antes de cada refeição!
O namoro com aquele trapo de estimação não durou muito pois, com medo de que qualquer eventual cliente se lhe antecipasse, Luísa foi logo no dia seguinte à boutique comprar aquelas calças que a tinham fascinado. É verdade que o preço não era convidativo, mas era um investimento – desculpou-se – pois, decerto, mais tarde seriam ainda mais caras. Voltou para casa tão satisfeita consigo mesmo que nem reparou no mendigo que lhe estendera a mão, numa atitude de humilde súplica, e que, ao contrário de outras vezes, não teve a esmola costumeira, nem outra resposta do que a indiferença da sua precipitação.
Chegar a casa e experimentar a compra foi tudo um: desembrulhou com cuidado o presente que magnanimamente se concedera, retirou as etiquetas e vestiu finalmente as calças. O tecido era macio e parecia de boa qualidade, a altura era a ideal e a cor não podia ser mais o seu género. Mas, quando tentou abotoar as calças, não o conseguiu. Repetiu a operação uma e outra vez, contraindo-se o mais que podia, mas a verdade é que a cintura estava muito apertada e, por mais que se esforçasse, o botão fugia à respectiva casa com uma teimosia tão irritante que Luísa impacientou-se. A diferença era apenas de 1,5 centímetros, mas era o suficiente para que as calças não lhe servissem e, como na loja não havia nenhum número maior, resignou-se à rigorosa dieta que se impunha: para grandes males, grandes remédios!
Foram dias a fio de sacrifícios, alimentando-se apenas de sopas, frutas, legumes e iogurtes magros, mas cada milímetro a menos pesava uma tonelada de dolorosas privações, que Luísa padecia estoicamente, por amor às calças.
Foi num dia de chuva que, ao atravessar a rua apressadamente, Luísa foi colhida por um táxi a grande velocidade. A brutalidade do choque, que a projectou a vários metros de distância, teve o efeito imediato de lhe produzir um sério traumatismo craniano, que a induziu num estado comatoso. Era confusa a sua percepção: sentia dores, mas parecia-lhe que não eram dela, embora fossem do seu organismo. Notou vagamente a azáfama dos populares, polícias, maqueiros, enfermeiros e médicos à sua volta, mas o torpor do seu corpo desfeito foi progressivamente alienando-a de tudo o que a rodeava e que lhe parecia cada vez mais longínquo. O seu último pensamento foi para as suas calças novas, que estreava.
Depois, viu-se definitivamente desprendida da sua materialidade e atraída pela misteriosa luz de um outro mundo. Mas quando se dispôs a cruzar o limiar da eternidade, Luísa não o conseguiu: por 1,5 centímetros a sua alma não coube na porta estreita que conduz à Vida.
P. Gonçalo Portocarrero de Almada
24 de Fevereiro
domingo, 21 de fevereiro de 2010
1º Domingo da Quaresma (Lucas 4,1-13)
Naquele tempo, Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão, e, no deserto, ele era guiado pelo Espírito. Ali foi tentado pelo diabo durante quarenta dias. Não comeu nada naqueles dias e, depois disso, sentiu fome. O diabo disse, então, a Jesus: “Se és Filho de Deus, manda que esta pedra se mude em pão”. Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Não só de pão vive o homem’”
O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
in http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/index.php?&dia=21&mes=2&ano=2010
O diabo levou Jesus para o alto, mostrou-lhe por um instante todos os reinos do mundo e lhe disse: “Eu te darei todo este poder e toda a sua glória, porque tudo isto foi entregue a mim e posso dá-lo a quem eu quiser. Portanto, se te prostrares diante de mim em adoração, tudo isso será teu”.
Jesus respondeu: “A Escritura diz: ‘Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele servirás’”.
Depois o diabo levou Jesus a Jerusalém, colocou-o sobre a parte mais alta do Templo e lhe disse: “Se és Filho de Deus, atira-te daqui abaixo! Porque a Escritura diz: ‘Deus ordenará aos seus anjos a teu respeito, que te guardem com cuidado!’ E mais ainda: ‘Eles te levarão nas mãos, para que não tropeces em alguma pedra’”.
Jesus, porém, respondeu: “A Escritura diz: ‘Não tentarás o Senhor teu Deus’”.
Terminada toda a tentação, o diabo afastou-se de Jesus, para retornar no tempo oportuno.
in http://www.cancaonova.com/portal/canais/liturgia/index.php?&dia=21&mes=2&ano=2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
Quarta-feira de Cinzas / Início da Quaresma
Com a imposição das cinzas, inicia-se uma estação espiritual particularmente relevante para todo cristão que quer se preparar dignamente para viver o Mistério Pascal, quer dizer, a Paixão, Morte e Ressurreição do Senhor Jesus.
Este tempo vigoroso do Ano litúrgico se caracteriza pela mensagem bíblica que pode ser resumida em uma palavra: "matanoeiete", que quer dizer "Convertei-vos". Este imperativo é proposto à mente dos fiéis mediante o austero rito da imposição das cinzas, o qual, com as palavras "Convertei-vos e crede no Evangelho" e com a expressão "Lembra-te de que és pó e para o pó voltarás", convida a todos a refletir sobre o dever da conversão, recordando a inexorável caducidade e efêmera fragilidade da vida humana, sujeita à morte.
A sugestiva cerimônia das cinzas eleva nossas mentes à realidade eterna que não passa jamais, a Deus; princípio e fim, alfa e ômega de nossa existência. A conversão não é, com efeito, nada mais que um voltar a Deus, valorizando as realidades terrenas sob a luz indefectível de sua verdade. Uma valorização que implica uma consciência cada vez mais diáfana do fato de que estamos de passagem neste fadigoso itinerário sobre a terra, e que nos impulsiona e estimula a trabalhar até o final, a fim de que o Reino de Deus se instaure dentro de nós e triunfe em sua justiça.
Sinônimo de "conversão", é também a palavra "penitência" … Penitência como mudança de mentalidade. Penitência como expressão de livre positivo esforço no seguimento de Cristo.
Tradição
Na Igreja primitiva, variava a duração da Quaresma, mas eventualmente começava seis semanas (42 dias) antes da Páscoa.
Isto só dava por resultado 36 dias de jejum (já que se excluem os domingos). No século VII foram acrescentados quatro dias antes do primeiro domingo da Quaresma estabelecendo os quarenta dias de jejum, para imitar o jejum de Cristo no deserto.
Era prática comum em Roma que os penitentes começassem sua penitênica pública no primeiro dia de Quaresma. Eles eram salpicados de cinzas, vestidos com saial e obrigados a manter-se longe até que se reoconciliassem com a Igreja na Quinta-feira Santa ou a Quinta-feira antes da Páscoa. Quando estas práticas caíram em desuso (do século VIII ao X) o início da temporada penitencial da Quaresma foi simbolizada colocando cinzas nas cabeças de toda a congregação.
Hoje em dia na Igreja, na Quarta-feira de Cinzas, o cristão recebe uma cruz na fronte com as cinzas obtidas da queima das palmas usadas no Domingo de Ramos do ano anterior. Esta tradição da Igreja ficou como um simples serviço em algumas Igrejas protestantes como a anglicana e a luterana. A Igreja Ortodoxa começa a quaresma a partir da segunda-feira anterior e não celebra a Quarta-feira de Cinzas.
in http://catequesecaminhando.blogspot.com/
sábado, 13 de fevereiro de 2010
Quaresma 2010
Mensagem da Quaresma 2010 do Bispo do Porto, D. Manuel Clemente
+++
+++
+++
Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2010
A justiça de Deus está manifestada
mediante a fé em Jesus Cristo
(cfr Rom 3, 21–22)
Queridos irmãos e irmãs,
Todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21–22).
Justiça: “dare cuique suum”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romano do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena à morte centenas de milhões de seres humanos por falta de alimentos, de água e de medicamentos -, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nota Santo Agostinho: se “a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu… não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).
De onde vem a injustiça?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativa ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: “Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, colhendo o fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram à lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; à lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?
Justiça e Sedaqah
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, de um lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei, pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cfr Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro (cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto-suficiência, daquele estado profundo de fecho, que é a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente para a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?
Cristo, justiça de Deus
O anúncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vítima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá, onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira, cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidência que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, óbvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é a do amor (cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2009
BENEDICTUS PP. XVI
in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77603
Mensagem de Bento XVI para a Quaresma 2010
A justiça de Deus está manifestada
mediante a fé em Jesus Cristo
(cfr Rom 3, 21–22)
Queridos irmãos e irmãs,
Todos os anos, por ocasião da Quaresma, a Igreja convida-nos a uma revisão sincera da nossa vida à luz dos ensinamentos evangélicos. Este ano desejaria propor-vos algumas reflexões sobre o tema vasto da justiça, partindo da afirmação Paulina: A justiça de Deus está manifestada mediante a fé em Jesus Cristo (cfr Rom 3,21–22).
Justiça: “dare cuique suum”
Detenho-me em primeiro lugar sobre o significado da palavra “justiça” que na linguagem comum implica “dar a cada um o que é seu – dare cuique suum”, segundo a conhecida expressão de Ulpiano, jurista romano do século III. Porém, na realidade, tal definição clássica não precisa em que é que consiste aquele “suo” que se deve assegurar a cada um. Aquilo de que o homem mais precisa não lhe pode ser garantido por lei. Para gozar de uma existência em plenitude, precisa de algo mais íntimo que lhe pode ser concedido somente gratuitamente: poderíamos dizer que o homem vive daquele amor que só Deus lhe pode comunicar, tendo-o criado à sua imagem e semelhança. São certamente úteis e necessários os bens materiais – no fim de contas o próprio Jesus se preocupou com a cura dos doentes, em matar a fome das multidões que o seguiam e certamente condena a indiferença que também hoje condena à morte centenas de milhões de seres humanos por falta de alimentos, de água e de medicamentos -, mas a justiça distributiva não restitui ao ser humano todo o “suo” que lhe é devido. Mais do que o pão ele de facto precisa de Deus. Nota Santo Agostinho: se “a justiça é a virtude que distribui a cada um o que é seu… não é justiça do homem aquela que subtrai o homem ao verdadeiro Deus” (De civitate Dei, XIX, 21).
De onde vem a injustiça?
O evangelista Marcos refere as seguintes palavras de Jesus, que se inserem no debate de então acerca do que é puro e impuro: “Nada há fora do homem que, entrando nele, o possa tornar impuro. Mas o que sai do homem, isso é que o torna impuro. Porque é do interior do coração dos homens, que saem os maus pensamentos” (Mc 7,14-15.20-21). Para além da questão imediata relativa ao alimento, podemos entrever nas reacções dos fariseus uma tentação permanente do homem: individuar a origem do mal numa causa exterior. Muitas das ideologias modernas, a bem ver, têm este pressuposto: visto que a injustiça vem “de fora”, para que reine a justiça é suficiente remover as causas externas que impedem a sua actuação: Esta maneira de pensar - admoesta Jesus – é ingénua e míope. A injustiça, fruto do mal, não tem raízes exclusivamente externas; tem origem no coração do homem, onde se encontram os germes de uma misteriosa conivência com o mal. Reconhece-o com amargura o Salmista: “Eis que eu nasci na culpa, e a minha mãe concebeu-se no pecado” (Sl 51,7). Sim, o homem torna-se frágil por um impulso profundo, que o mortifica na capacidade de entrar em comunhão com o outro. Aberto por natureza ao fluxo livre da partilha, adverte dentro de si uma força de gravidade estranha que o leva a dobrar-se sobre si mesmo, a afirmar-se acima e contra os outros: é o egoísmo, consequência do pecado original. Adão e Eva, seduzidos pela mentira de Satanás, colhendo o fruto misterioso contra a vontade divina, substituíram à lógica de confiar no Amor aquela da suspeita e da competição; à lógica do receber, da espera confiante do Outro, aquela ansiosa do agarrar, do fazer sozinho (cfr Gn 3,1-6) experimentando como resultado uma sensação de inquietação e de incerteza. Como pode o homem libertar-se deste impulso egoísta e abrir-se ao amor?
Justiça e Sedaqah
No coração da sabedoria de Israel encontramos um laço profundo entre fé em Deus que “levanta do pó o indigente (Sl 113,7) e justiça em relação ao próximo. A própria palavra com a qual em hebraico se indica a virtude da justiça, sedaqah, exprime-o bem. De facto sedaqah significa, de um lado a aceitação plena da vontade do Deus de Israel; do outro, equidade em relação ao próximo (cfr Ex 29,12-17), de maneira especial ao pobre, ao estrangeiro, ao órfão e à viúva (cfr Dt 10,18-19). Mas os dois significados estão ligados, porque o dar ao pobre, para o israelita nada mais é senão a retribuição que se deve a Deus, que teve piedade da miséria do seu povo. Não é por acaso que o dom das tábuas da Lei a Moisés, no monte Sinai, se verifica depois da passagem do Mar Vermelho. Isto é, a escuta da Lei, pressupõe a fé no Deus que foi o primeiro a ouvir o lamento do seu povo e desceu para o libertar do poder do Egipto (cfr Ex s,8). Deus está atento ao grito do pobre e em resposta pede para ser ouvido: pede justiça para o pobre (cfr Ecli 4,4-5.8-9), o estrangeiro (cfr Ex 22,20), o escravo (cfr Dt 15,12-18). Para entrar na justiça é portanto necessário sair daquela ilusão de auto-suficiência, daquele estado profundo de fecho, que é a própria origem da injustiça. Por outras palavras, é necessário um “êxodo” mais profundo do que aquele que Deus efectuou com Moisés, uma libertação do coração, que a palavra da Lei, sozinha, é impotente para a realizar. Existe portanto para o homem esperança de justiça?
Cristo, justiça de Deus
O anúncio cristão responde positivamente à sede de justiça do homem, como afirma o apóstolo Paulo na Carta aos Romanos: “ Mas agora, é sem a lei que está manifestada a justiça de Deus… mediante a fé em Jesus Cristo, para todos os crentes. De facto não há distinção, porque todos pecaram e estão privados da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela Sua graça, por meio da redenção que se realiza em Jesus Cristo, que Deus apresentou como vítima de propiciação pelo Seu próprio sangue, mediante a fé” (3,21-25)
Qual é portanto a justiça de Cristo? É antes de mais a justiça que vem da graça, onde não é o homem que repara, que cura si mesmo e os outros. O facto de que a “expiação” se verifique no “sangue” de Jesus significa que não são os sacrifícios do homem a libertá-lo do peso das suas culpas, mas o gesto do amor de Deus que se abre até ao extremo, até fazer passar em si “ a maldição” que toca ao homem, para lhe transmitir em troca a “bênção” que toca a Deus (cfr Gal 3,13-14). Mas isto levanta imediatamente uma objecção: que justiça existe lá, onde o justo morre pelo culpado e o culpado recebe em troca a bênção que toca ao justo? Desta maneira, cada um não recebe o contrário do que é “seu”? Na realidade, aqui manifesta-se a justiça divina, profundamente diferente da justiça humana. Deus pagou por nós no seu Filho o preço do resgate, um preço verdadeiramente exorbitante. Perante a justiça da Cruz o homem pode revoltar-se, porque ele põe em evidência que o homem não é um ser autárquico, mas precisa de um Outro para ser plenamente si mesmo. Converter-se a Cristo, acreditar no Evangelho, no fundo significa precisamente isto: sair da ilusão da auto-suficiência para descobrir e aceitar a própria indigência – indigência dos outros e de Deus, exigência do seu perdão e da sua amizade.
Compreende-se então como a fé não é um facto natural, cómodo, óbvio: é necessário humildade para aceitar que se precisa que um Outro me liberte do “meu”, para me dar gratuitamente o “seu”. Isto acontece particularmente nos sacramentos da Penitência e da Eucaristia. Graças à acção de Cristo, nós podemos entrar na justiça “ maior”, que é a do amor (cfr Rom 13,8-10), a justiça de quem se sente em todo o caso sempre mais devedor do que credor, porque recebeu mais do que aquilo que poderia esperar.
Precisamente fortalecido por esta experiência, o cristão é levado a contribuir para a formação de sociedades justas, onde todos recebem o necessário para viver segundo a própria dignidade de homem e onde a justiça é vivificada pelo amor.
Queridos irmãos e irmãs, a Quaresma culmina no Tríduo Pascal, no qual também este ano celebraremos a justiça divina, que é plenitude de caridade, de dom, de salvação. Que este tempo penitencial seja para cada cristão tempo de autêntica conversão e de conhecimento intenso do mistério de Cristo, que veio para realizar a justiça. Com estes sentimentos, a todos concedo de coração, a Bênção Apostólica.
Vaticano, 30 de Outubro de 2009
BENEDICTUS PP. XVI
in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77603
+++
+++
Desporto deve estar ao serviço da paz
e amizade entre os povos
Papa envia mensagem por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno
Bento XVI deixou votos de que o desporto “possa ser um edifício precioso de paz e de amizade entre os povos e as nações”.
O Papa escreveu ao arcebispo de Vancouver (Canadá), D. Michael Miller, por ocasião dos XXI Jogos Olímpicos de Inverno e dos X Jogos Paraolímpicos, que serão inaugurados neste dia 12.
“Os meus melhores votos vão para os atletas participantes, os organizadores e a grande comunidade dos voluntários que cooperam generosamente para a realização deste significativo evento internacional”, indica a mensagem divulgada pela Santa Sé.
Bento XVI diz que um “tão importante acontecimento”, tanto para os atletas como para os espectadores, o leva a referir as palavras de João Paulo II, segundo o qual “o desporto pode ser um contributo eficaz para a pacifica compreensão entre os povos e a construção de uma nova civilização de amor”.
O Papa recorda depois a iniciativa ecuménica "More than gold" (Para lá do ouro, em tradução livre) destinada a fornecer assistência espiritual e material aos visitantes, aos participantes e aos voluntários nos eventos. “Rezo para que todos os que se aproximarem deste serviço sejam confirmados no seu amor a Deus e ao próximo”, conclui.
in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77619
+++
+++
Desporto deve estar ao serviço da paz
e amizade entre os povos
Papa envia mensagem por ocasião dos Jogos Olímpicos de Inverno
Bento XVI deixou votos de que o desporto “possa ser um edifício precioso de paz e de amizade entre os povos e as nações”.
O Papa escreveu ao arcebispo de Vancouver (Canadá), D. Michael Miller, por ocasião dos XXI Jogos Olímpicos de Inverno e dos X Jogos Paraolímpicos, que serão inaugurados neste dia 12.
“Os meus melhores votos vão para os atletas participantes, os organizadores e a grande comunidade dos voluntários que cooperam generosamente para a realização deste significativo evento internacional”, indica a mensagem divulgada pela Santa Sé.
Bento XVI diz que um “tão importante acontecimento”, tanto para os atletas como para os espectadores, o leva a referir as palavras de João Paulo II, segundo o qual “o desporto pode ser um contributo eficaz para a pacifica compreensão entre os povos e a construção de uma nova civilização de amor”.
O Papa recorda depois a iniciativa ecuménica "More than gold" (Para lá do ouro, em tradução livre) destinada a fornecer assistência espiritual e material aos visitantes, aos participantes e aos voluntários nos eventos. “Rezo para que todos os que se aproximarem deste serviço sejam confirmados no seu amor a Deus e ao próximo”, conclui.
in http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=77619
+++
Subscrever:
Mensagens (Atom)